A iniciativa do prefeito Murilo de retomada da venda de peixe na Feira Central de Dourados, da Rua Cuiabá, foi com muito sucesso. Teve consumidor que veio de Itaporã para garantir o pescado do almoço de domingo. Moradores de Dourados apontam a iniciativa como facilidade para o consumidor e incentivo à piscicultura.
Adalberto Pereira Dias soube do início da venda de peixes na feira neste final de semana pela mídia. O trabalhador em frigorifico e morador em Itaporã aproveitou a noite de sábado para vir a Dourados passear com a família e comprar costelinha de pacu. “É importante a gente comprar direto do produtor. É um produto mais fresco e mais barato”, afirma.
A Feira da Rua Cuiabá vendeu carnes no passado, mas a comercialização foi proibida depois de uma ação do Ministério Público Estadual. Determinado a retomar a venda para incentivar a piscicultura e facilitar para o consumidor o prefeito Murilo assinou um termo de compromisso com o Ministério Público que resultou em mais uma atividade importante na feira.
Neste primeiro final de semana dois produtores levaram pescado para venda. A Fazenda Tabebuia, localizada no distrito de Guaçu, levou pacu inteiro e sem espinha e ainda em cortes, sendo costelinha, filé, bifinho (isca) e poupa. De acordo com Anderson Passos Ferreira Lopes, que atendeu na feira, em torno de 80% dos 700 quilos de peixe levados para a feira foram vendidos, o que ele considera um ótimo resultado para o primeiro dia. “As pessoas gostaram muito da ideia de ter peixe aqui para venda e pediram para que a gente continue”, disse.
Já a propriedade Recanto das Águas, localizada no distrito de Itahum, de Jean David, levou 340 quilos de pintado inteiro e em postas, e teve igualmente muito sucesso nas vendas. “As pessoas gostaram muito. Elas lembraram do tempo em que compravam peixe na feira e estão felizes por ter o produto de volta”, afirma Carolina Bonetti, atendente do Recanto das Águas.
O construtor Luiz Carlos Gonçalves, morador na Vila Mary, diz que a venda de peixe na feira vem para facilitar a vida do consumidor. “Gostei da ideia; fiquei sabendo pela imprensa e vim comprar. Também fiquei sabendo pela imprensa da existência do primeiro pesqueiro na Reserva Indígena de Dourados. Isso é muito bom para incentivar a piscicultura”, afirmou.
O horticultor no Jardim Hasselem Marcos Rogério, fazia compras com a família na feira, ao passar em frente a barraca de venda de peixes parou para conhecer. “Gostei da ideia; acho importante para incentivar essa atividade. Vai facilitar também para o consumidor”, disse.
Até mesmo os feirantes gostaram da proposta do prefeito Murilo. “Vai ajudar e muito a feira; ajuda até a melhorar o visual”, diz Francisco Rodrigues, dono de uma barraca de venda de frutas, verduras e legumes na feira desde 1991. “A gente tinha isso antes; é muito importante a venda de peixe e também de carnes, que estou sabendo que vai acontecer”, acrescenta. Francisco lembra que a feira tem os clientes dela, tradicionais, muitos que compram a 40 anos, e a venda de peixe é mais um serviço prestado a essas pessoas.
O sistema de comercialização, definido em parceria entre a Prefeitura e o Ministério Público Estadual garante qualidade, sanidade e higiene. O peixe é abatido num frigorífico inspecionado e levado para o local da venda embalado em plástico e resfriado. Não há manipulação no local da venda.
O trabalho para levar o peixe aos consumidores de Dourados na feira é feito pela Semdes (Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável), Semafes (Secretaria Municipal de Agricultura Familiar e Economia Solidária), Secretaria de Serviços Urbanos, SIMD (Serviço de Inspeção Municipal) e a Vigilância Sanitária.
A outra proposta de Murilo, cuja ideia foi recebida com muito sucesso, é a venda de carnes na Feira Livre. Pelo menos metade dos donos de casas de carnes (açougues) legalizados no SIMD (Serviço de Inspeção Municipal) confirmaram interesse na proposta. A ação está sendo coordenada pela Semdes.