A campanha Setembro Amarelo trabalha a prevenção ao suicídio e a valorização da vida. Diante da importância do tema, a Prefeitura de Dourados, por intermédio da Semed (Secretaria Municipal de Educação) preparou uma agenda de atividades para trabalhar com os alunos da Reme (Rede Municipal de Ensino).
Heloisa Bortolotto e Adriana Miqueletti, psicólogas da Semed, estão acompanhando as ações que diversas escolas já estão desenvolvendo com os estudantes durante todo esse mês. As próximas agendas são na E.M Indígena Agustinho, E.M Laudemira Coutinho De Melo e EM. Neil Fioravanti – CAIC. Também haverá uma palestra na Câmara Municipal realizada pela Semed. Ação em parceria com a Comcex (Comissão Municipal de Enfrentamento de Violência Sexual).
“A prevenção de violência autoprovocada no ambiente escolar começa com o cuidado e com a postura de acolhimento dos profissionais das unidades de ensino. Não somente em setembro, mas a Semed tem o cuidado de tratar desse tema ao longo de todo ano letivo. São realizadas diversas reuniões envolvendo coordenadores e diretores”, disse Heloisa Bortolotto.
Nesta terça-feira (20), as psicólogas visitaram a E.M Profª Efantina De Quadros onde fizeram uma conversa com os estudantes do 8ª ano e puderam ver as atividades realizadas sobre a importância da vida e do acolhimento. Os alunos produziram cartazes de conscientização e painel de recadinhos. A escola também organizou conversas na sala de aula, palestras com psicólogos e trabalhou o acolhimento com os professores.
“Esse trabalho de conscientização da vida é de suma importância. A conversa é essencial, pois temos casos constantes de alunos com quadro de depressão e ansiedade. Queremos que eles entendam que sentir tristeza não é normal. Também estamos trabalhando com os professores, para que eles possam ajudar no dia-a-dia com as crianças e adolescentes”, disse Fabiana Paula Pereira, professora na E.M Efantina.
Heloisa explica ainda que existe um protocolo geral para todas as escolas em casos suspeitos ou confirmados de tentativa de suicídio e comportamento autolesivo. “O profissional que percebeu a situação deve dialogar com a criança/adolescente e informar ao coordenador responsável pela unidade para o preenchimento de ficha de notificação e articulação com Conselho Tutelar, Caps-I e Vigilância Epidemiológica. A comunicação à família do aluno é obrigatória, e os demais direcionamentos se dão na garantia de saber que receberá o devido acompanhamento. Aos professores sempre sensibilizamos para a importância de um “olhar” atento, com empatia, sem julgamentos. A escola é um lugar de proteção a esses jovens”, concluiu a psicóloga.