Na próxima segunda-feira (6), será aberta a campanha nacional de vacinação contra a poliomielite e o sarampo. Em Dourados, a secretaria municipal de Educação, com apoio do Rotary Club, está mobilizando a rede municipal de ensino em torno de uma palestra, nesta quinta-feira (2), com o médico patologista Fábio Rocha Lima. Será no auditório da prefeitura, a partir das 9 horas.
A palestra, direcionada a educadores, visa à conscientização e orientações, para que estes levem o tema para as salas de aula como forma de incentivar crianças e responsáveis a aderirem à campanha de vacinação.
O patologista falará a coordenadores e diretores de escolas e centros de educação da rede municipal sobre o poliovírus e a doença no contexto local.
De acordo com a Coordenação Administrativo-Pedagógica dos Núcleos de Educação Infantil da Semed, atendendo orientação da prefeita Délia Razuk, os educadores foram convocados a participar, considerando a importância do debate sobre a temática, no intuito de maior proteção às crianças para um saudável desenvolvimento.
“Há anos o Rotary abraça essa causa e a parceria acontece para conscientizar, com o objetivo de não voltarmos a ter casos da doença. Muitos responsáveis não buscam as doses para os filhos pelo fato de não se ter registros de casos de pólio há muitos anos; porém, em outros países se tem registros e muitos estrangeiros vêm para o Brasil”, lembra Mariolinda Rosa Ferraz, da Secretaria de Educação.
CAMPANHA
De acordo com o Ministério da Saúde, há 28 anos o Brasil não registra casos de poliomielite. No entanto, o risco de a doença retornar é grande por causa da resistência de pais e mães em vacinarem os filhos.
A orientação do órgão é que os gestores locais organizem as redes de prevenção, inclusive com a possibilidade de readequação de horários mais compatíveis com a rotina da população brasileira.
A doença é causada por um vírus que vive no intestino, o poliovírus, que geralmente atinge crianças com menos de 4 anos, mas também pode contaminar adultos.
A maior parte das infecções apresenta poucos sintomas e há semelhanças com as infecções respiratórias com febre e dor de garganta, além das gastrointestinais, náusea, vômito e prisão de ventre.
Cerca de 1% dos infectados pelo vírus pode desenvolver a forma paralítica da doença, que pode causar sequelas permanentes, insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte.