A faixa etária para meninas que devem tomar a vacina quadrivalente contra o papilovírus humano (HPV) foi ampliada. Introduzidas no calendário vacinal do SUS (Sistema Único de Saúde) no ano passado para adolescentes de 11 a 13 anos de idade, as doses passam a ser aplicadas este ano em jovens de 9 a 13 anos de idade.
A ampliação da faixa etária já estava prevista para este ano. Em jovens indígenas, a aplicação das doses na faixa etária de 9 a 13 anos já era praticada deste 2014 e continuará valendo este mesmo período.
A vacina está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde da Família. O Núcleo de Imunização da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Dourados intensifica o trabalho de orientação para que os pais levem as jovens dentro da idade recomendada para tomarem as doses.
As meninas que se enquadram na faixa etária indicada e ainda não iniciaram o cronograma da vacina contra o HPV devem procurar a unidade mais próxima de casa para receber a imunização. Aquelas que já começaram a tomar no ano passado, devem ficar atentas para as próximas doses que também ficam disponíveis.
Ao todo são três doses da vacina, sendo que a segunda deve ser tomada seis meses após a primeira e um reforço cinco anos depois. Dessa forma, aquela jovem que tomar a primeira dose neste mês de março, por exemplo, deve tomar a segunda em setembro e terceira somente em março de 2020. O essencial é que a primeira dose seja tomada enquanto a menina tiver entre 9 e 13 anos de idade.
“É importante lembrar que não se trata de uma campanha, então as doses não ficam nas unidades apenas por um período determinado. A vacina foi incluída no calendário vacinal do SUS, o que significa que fica disponível o ano todo. Quando a menina atingir a faixa etária indicada, já pode procurar a unidade de saúde mais perto de casa e iniciar a aplicação das doses”, explica Carla Cristina Ribeiro, coordenadora do Núcleo de Imunização.
Ela ainda ressalta que até o momento não houve qualquer notificação de evento adverso grave associado à vacina contra HPV. As queixas mais comuns são a dor local e sintomas emocionais transitórios relacionados à ansiedade em receber a vacina, o que é considerado normal.
A vacinação, conjuntamente com as atuais ações para o rastreamento do câncer do colo do útero, possibilitará, nas próximas décadas, prevenir essa doença, que representa hoje a segunda principal causa de morte por neoplasias entre mulheres no Brasil. O câncer do colo do útero é o segundo tipo de câncer mais frequente entre mulheres no país, após o câncer de mama, com alta mortalidade e faz, por ano, 4,8 mil vítimas fatais.