Na Semana Nacional do Trânsito de 2022, a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito, em parceria com a Semed (Secretaria Municipal de Educação) e o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes), lançou o projeto “Agetran na Escola”. Objetivo é incluir o ensino da legislação de trânsito aos alunos de maneira lúdica, interativa e multidisciplinar, com auxílio de material disponibilizado através do programa “Conexão Dnit”.
O projeto está em cinco escolas da Reme (Rede Municipal de Ensino) e, neste ano, o trabalho desenvolvido pela professora Rosangela Fernandes Alves, na EM Professora Avani Cargnelutti Fehlauer, foi selecionado pelo Dnit para ser apresentado no I Encontro da Equipe Nacional de Educação para o Trânsito. Ela foi convidada para apresentar o tema “Transversalidade da Prática – Uma Experiência de Dourados/MS”.
O evento acontece em Maceió (AL), entre os dias 2 e 4 de outubro, e reúne especialistas, profissionais e organizações que atuam na área de educação para o trânsito, com a finalidade de promover a discussão e o intercâmbio de conhecimentos.
Preparando a Próxima Geração
Segundo a diretora da Agetran, Mariana de Souza Neto, o sucesso da professora com seus alunos mostra a importância de se trabalhar com as crianças as leis de trânsito. “Estamos preparando a próxima geração de condutores, mas essas crianças já estão inseridas no trânsito como pedestres ou ciclistas, então nossos alunos já fazem parte deste contexto. Através deste projeto, mostramos a eles, durante os anos escolares, a importância do respeito à legislação. Até por isso, o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pela professora Rosangela nos serve como combustível para continuarmos”, afirmou.
Em entrevista à página Conexão DNIT, a professora douradense afirma que o programa teve excelente receptividade dos alunos. Entre os trabalhos, está a construção de uma minicidade utilizando material reciclável, com os alunos participando da organização de ruas, quadras, diversidade de áreas comerciais, residenciais e industriais, tudo com sinalização e placas obrigatórias. Para transitar, as crianças aproveitaram brinquedos para identificar a importância de agir com educação e empatia no trânsito.
“Minhas aulas sempre foram interativas, tenho como objetivo colocar os alunos como provedores de seus próprios conhecimentos, então isso me facilitou muito. Os desafios e todas as propostas lançadas se basearam em diálogos e rodas de conversa para determinar a sequência das atividades sugeridas. Os alunos, sempre solícitos, cooperadores e se apresentaram muito proativos”, elogia Rosangela.
Ela é docente nas áreas de História, Geografia e Ciências dos quarto e quinto anos do Ensino Fundamental, que tem um quantitativo com cerca de 120 alunos, e buscou trazer a experiência de cada um deles para o programa. “A colaboração e participação dos alunos nas coletas de dados familiares com registros e relatórios foram muito significativas, pois cada um relatou suas vivências e experiências, boas e ruins e o que precisaria melhorar para evitar acidentes e mortes no trânsito ao trafegar pelas ruas da cidade de Dourados”, completa.