Encontro realizado, na manhã desta quarta-feira (30), na sala da PGM (Procuradoria Geral do Município), em Dourados, reuniu procuradores do Procon com representantes do Sinpetro (Sindicato das Distribuidoras e Revendedores de Combustíveis) em Mato Grosso do Sul para discutir as distorções verificadas em relação aos preços praticados na comercialização de derivados do petróleo por conta da manifestação dos caminhoneiros no País.
Durante o encontro, o diretor municipal do Procon, procurador Mário Júlio Cerveira, mostrou números que comprovam a elevação do preço da gasolina, por exemplo, em até 29,30% entre os dias 14, antes do início das manifestações dos caminhoneiros, e 23 de maio, na média, nos postos de Dourados. A gasolina, que estava sendo comercializada a R$ 3,790, chegou a R$ 4,990.
Segundo o dirigente Edeilton Moraes, representante de Dourados na nova diretoria do Sinpetro-MS empossada nesta quarta-feira em Campo Grande, essa variação pode ter ocorrido por conta de que as distribuidoras haviam realizado uma promoção com os revendedores e esse benefício foi suspenso a partir do início dos protestos de transportadoras e autônomos.
Mário Cerveira indicou ao sindicato a proposta para que os postos cheguem a um acordo que não venha a sobrecarregar tanto o consumidor final. “Até a uma margem de 17% ainda é possível trabalhar”, concordou Moraes, afirmando que a categoria vai se reunir ainda no final de semana para avaliar essa situação. Novo encontro foi agendado para segunda-feira, dia 4 de junho, no Procon de Dourados, para apresentação dos novos índices.
Conforme edital de orientação conjunta firmado entre o MPE (Ministério Público Estadual) com a Superintendência do Procon em Mato Grosso do Sul, os revendedores devem assegurar, em situação de escassez, o máximo de 20 litros de combustível (ou 100 reais) por veículos de passeio e 10 litros para as motocicletas e impedir que haja favorecimento, ou preferência, de consumidor, à exceção do suprimento a hospitais e forças públicas.
De acordo com o representante do sindicato dos distribuidores e revendedores, em uma semana, no máximo, deverá estar solucionada a crise de abastecimento nos 75 postos de Dourados. O diretor do Procon advertiu que, além dos 15 postos já autuados e que deverão explicar os abusos cometidos, o órgão continua a fiscalização diária de distorções praticadas. A multa pode variar de R$ 400 até a R$ 600 mil, de acordo com o grau de infração.