A Defesa Civil recebeu 15 chamados nesta terça-feira, dia 20, em decorrência da chuva com rajadas de vento que chegaram a 44 km/h em Dourados. Sempre alerta para os impactos de situações como estas, o órgão prestou socorro imediato nas áreas atingidas, juntamente com a Semsur (Secretaria Municipal de Serviços Urbanos), Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros e Enersul (empresa concessionária de energia elétrica em Mato Grosso do Sul).
Entre as regiões mais atingidas, estão as dos bairros Vila Cachoeirinha, Santo André e Água Boa. No levantamento feito pela Defesa Civil, houve principalmente quedas de árvores que atingiram residências, veículos e romperam redes de energia elétrica, além dos destelhamentos de casas. Não houve qualquer registro de vítima, apenas danos materiais.
Os agentes da Defesa realizaram levantamento nas casas e nos veículos para verificar os danos e dar apoio aos atingidos. A Guarda Municipal realizou a segurança dos locais, interditando as ruas e controlando o trânsito ontem as vias ficaram obstruídas por árvores que caíram. A Semsur ainda trabalhou no corte das árvores logo após as quedas, sendo que nesta quarta-feira, dia 21, o trabalho permanece com a remoção dos resíduos e limpeza das ruas que tiveram quedas de galhos.
“Foi uma chuva típica de verão bastante pontual, ocorreu em apenas alguns lugares da cidade. Não choveu muito, foram apenas em torno de 10 milímetros entre as regiões sul e sudoeste da cidade. Mas, o vento que acompanhou a chuva foi forte”, explica o coordenador da Defesa Civil e comandante da Guarda Municipal, João Vicente Chencarek.
Ele lembra que em Dourados, a intensidade da chuva já não é mais uma preocupação devido às ações realizadas pela prefeitura para evitar que famílias fossem atingidas. “Hoje o que preocupa é o vento, principalmente em casas onde há construções mais antigas ou frágeis”, relatou. A cidade também é bastante arborizada, tanto na área central quanto nos bairros.
“Antes as chuvas é que causavam problemas, porque transbordavam córregos, alagavam casas e as famílias precisavam ser removidas. Hoje, isso não acontece mais porque foi feito todo um trabalho para evitar que isso aconteça”, explica o coordenador da Defesa Civil. Esta realizada é resultado de diversas frentes de trabalho, feita de forma planejada e gradativa.
Estas consistem na limpeza completa dos córregos que cortam a área urbana do município (Água Boa, Rego D’Água, Paragem, Laranja Doce e Chico Viegas) e alargamento do leito daqueles que enfrentavam problemas mais latentes (Água Boa e Rego D’água).
Além disso, houve a retirada de pelo menos 2 mil famílias que viviam em áreas de risco no município. Hoje, elas moram com dignidade e numa casa que não inunda a cada chuva, graças a um forte projeto habitacional realizado pelo prefeito Murilo que fez andar a fila pela casa própria em Dourados.
Houve ainda ações pontuais com obras de drenagem em bairros que costumavam ficar alagados causando danos a casas e calçadas, com isso há estrutura para escoamento da água. O trabalho para manter esta estrutura também continua. Todas as obras de asfaltamento no município são acompanhadas de drenagem, para que os novos bairros ou antigos que ainda não tem asfalto, não sofram com problemas de alagamento no futuro.