Como parte do plano do prefeito Murilo de manter ações eficazes que possam garantir um trabalho eficiente na área de prevenção à saúde, mais um mutirão de combate à Leishmaniose foi iniciado nesta terça-feira (dia 16) em Dourados. As atividades que consistem em visitas domiciliares, aplicação de inseticidas e busca ativa por cães com suspeita da doença, são desenvolvidas pela prefeitura através do Departamento de Vigilância em Saúde.
Os bairros que integram o mutirão são Jardim dos Estados, Chácara dos Caiuás e Jardim Piratininga. A região foi escolhida devido a notificação de um caso de Leishmaniose Visceral Humana no bairro Jardim dos Estados, o que requer medidas preventivas na localização em que este foi registrado.
Durante as visitas, os agentes de endemias vão visitar domicílios para orientar moradores sobre como evitar a proliferação do flebotomínio (mosquito transmissor da doença). Os profissionais ainda vão ingressar em imóveis inabitados que estão sob a responsabilidade de imobiliárias e casas abandonadas ou fechadas.
Irregularidades serão identificadas, os proprietários dos imóveis notificados e caso não providenciem melhorias, serão posteriormente multados conforme determina chamada “Lei da Dengue e da Febre Amarela” (Lei nº 2.850). “Quando necessário precisamos adotar algumas medidas mais rígidas, para que o morador que contribui com a saúde pública e cuida do próprio quintal não fique refém do vizinho que não faz sua parte”, afirmou Fernando Bastos, diretor do Departamento de Vigilância em Saúde.
Ainda será realizado nos domicílios o chamado ‘bloqueio químico’, que consiste na aplicação de inseticidas. A medida é eficaz apenas para o inseto adulto, o que reduz a chance de contato do mosquito transmissor com a população adulta.
Para este trabalho, a contribuição da população é importante, já que diferente da estratégia adotada no combate à Dengue, para o caso da Leishmaniose é preciso arrastar os móveis da casa, por exemplo. “É um trabalho tranquilo e todos os agentes estão preparados. Contamos com o apoio dos moradores”, afirmou Bastos.
Também serão instaladas nos bairros, armadilhas para levantamento e captura de insetos flebotomíneos, para verificar a presença de vetores transmissores de Leishmaniose. Ainda haverá coleta de sangue dos animais com suspeita da doença, para diagnóstico e adoção de medidas cabíveis.
Além das casas, as atividades educativas ainda serão levadas às escolas, Ceims (Centros de Educação Infantil Municipal), Cras (Centro de Referência da Assistência Social) entre outras instituições. A intenção é alertar sobre a ocorrência do caso na região, os sintomas da doença em humanos e animais, além dos serviços oferecidos para diagnósticos e tratamentos.
Sobre a Leishmaniose – Uma doença infecciosa, a Leishmaniose é caracterizada por febre de longa duração, aumento do fígado e baço (hepatoesplenomegalia), perda de peso, fraqueza, redução da força muscular, anemia e outras manifestações. Pessoas residentes em áreas onde ocorrem casos de leishmaniose visceral, ao sentirem esses sintomas devem procurar o serviço de saúde mais próximo a sua casa o quanto antes, pois o diagnóstico e o tratamento precoce evitam o agravamento da doença, que pode ser fatal se não for tratada.
A transmissão acontece quando fêmeas de insetos flebotomíneos infectados picam cães ou outros animais infectados e depois pica o homem transmitindo o protozoário Leishmania chagasi. Os mosquitos são pequenos e têm como características a coloração amarelada ou de cor palha.
Os insetos se desenvolvem em locais úmidos, sombreados e ricos em matéria orgânica: folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos que favoreçam a umidade do solo. As formas adultas abrigam-se nos mesmos locais dos criadouros.
A melhor forma de combater é a prevenção, com apoio da população com a higiene e manejo ambiental, através da limpeza periódica dos quintais, retirada da matéria orgânica em decomposição, destino adequado do lixo orgânico, limpeza dos abrigos de animais domésticos, entre outros.