Construir casas populares e resolver o problema do déficit habitacional é um dos grandes focos da administração do prefeito Murilo em Dourados. Entretanto, para o prefeito, não basta apenas sortear um grupo de pessoas e colocar nos residenciais. É preciso promover as orientações necessárias e, como prevê o próprio programa Minha Casa, Minha Vida, estimular a boa convivência e o pensamento coletivo entre familiares e vizinhos.
Dentro desse pensamento a Prefeitura de Dourados através do Departamento de Habitação desenvolve esse tipo de ação desde que acontece o sorteio até depois da entrega das chaves dos imóveis. Na semana passada mesmo, as mais de 500 famílias sorteadas para o Residencial Vila Roma participaram da primeira reunião com essa finalidade.
A diretora do Departamento de Habitação, Zelinda Fernandes, disse que entre as regras e orientações abordadas, estão o respeito aos horários de silêncio, obrigações, parcelamentos e sistema de amortização das prestações. Os sorteados receberam ainda, a lista de documentos que devem levar para começar a regularizar os imóveis perante a Caixa Econômica Federal.
De acordo com Zelinda esse residencial será entregues no final do ano que vem, já que é uma regra do Programa Minha Casa Minha Vida, no caso de apartamentos, que o prazo de entrega seja um ano após o sorteio. “O objetivo é que os sorteados pensem bem antes de oficializarem os imóveis em seu nome, para que não haja arrependimentos no futuro”, explicou Zelinda.
A diretora
informou que pouco antes da entrega, haverá o sorteio dos apartamentos dos que foram contemplados (para definir bloco, andar e o n° do apartamento). Os idosos e pessoas portadoras de deficiência têm preferência no andar térreo.
É o caso da aposentada Maria Rocha, de 72 anos. Ela vai morar em uns dos apartamentos do Residencial Vila Roma com o marido José Alves Rocha de 76 anos e o filho Natalício Alves Rocha de 45 anos. “Acho que apartamento será melhor para nós por causa da segurança, mas prefiro que seja no andar de baixo por causa da nossa idade e problemas de saúde”, ressaltou ela.
Darci Sorjane, 50 anos, gostou da ideia de morar em apartamento, já que é solteira e pretende morar sozinha no imóvel. “Na verdade preferia uma casa, mas como fui sorteada no apartamento vou aceitar, caso contrário tenho que voltar para a fila de espera”, disse.
Também é o mesmo caso de Eliane Miranda Barbosa, 50 anos. Ela disse que foi sorteada para os apartamentos, quando na verdade preferia casa. “Mas vou aceitar porque vou morar sozinha, sou separada e meus filhos já estão adultos e além do mais, acho que tem mais segurança”, disse.