A prefeita de Dourados, Délia Razuk, recebeu na manhã desta terça-feira representantes da Coamo Agroindustrial Cooperativa para uma visita institucional que tratou de assuntos referentes ao início das obras da unidade de processamento em Dourados. O vice-presidente da Coamo, Cláudio Rizzatto, juntamente com o superintendente de Logística e Operações, Airton Galinari, e o gerente da Coamo em Dourados, Fernando Borba, apresentaram à prefeita um vídeo com a explanação geral do projeto e tiveram da prefeita o firmamento de parceria para que a implantação do projeto seja efetivada da melhor maneira.
A determinação da prefeita Délia Razuk é que as atividades que competem à administração sejam cumpridas para que a cidade seja contemplada com o empreendimento, que é esperado ansiosamente até mesmo pelo Governo do Estado, e que vai gerar empregos, aquecer a economia e baratear custos ao produtor rural e à população em geral.
“Eu tenho por convicção que devemos apoiar a instalação de empresas, observando as regras e as leis, mas pensando de modo que Dourados cresça e a população seja a maior beneficiada, e o emprego gerado desde a implantação é algo muito positivo”, disse a prefeita.
Para tanto, com a presença dos secretários de Obras Públicas, Tahan Sales Mustafa, de Serviços Urbanos, Joaquim Soares, e de Planejamento, José Elias Moreira, a prefeita deliberou que algumas questões relativas ao acesso provisório da unidade sejam resolvidas. O intuito é apresentar uma licença para execução do acesso com período estipulado para apresentação do projeto definitivo.
A meta é iniciar as obras definitivamente até 15 de dezembro deste ano. As etapas são terraplanagem, edificações prediais e bases para instalação dos equipamentos, que já foram adquiridos.
A estimativa da Cooperativa é que para a obra de construção da unidade, até março de 2018, sejam empregadas 2,5 mil pessoas de toda a região da Grande Dourados. Somente com as obras de terraplanagem, já são em torno de 200 empregados envolvidos.
O vice-presidente Cláudio Rizzato destacou que Dourados é a cidade principal beneficiária da construção da nova unidade de processamento de soja. No entanto, segundo o engenheiro agrônomo, todo o Mato Grosso do Sul será beneficiado com a estrutura, uma vez que a cooperativa tem unidades de armazenamento desde Aral Moreira, até Sidrolândia, e toda esta demanda será direcionada a nova unidade em Dourados. A Coamo mantém 15 unidades de armazenamento em MS.
“Serão mais de 16 milhões de sacas de soja processadas aqui em Dourados por ano. De onde sairá o farelo e óleo para exportação diretamente ao Porto de Paranaguá e para consumo interno em todo o Brasil”, disse.
Todo o processo de esmagamento da soja, refinaria de óleo, envasamento e comercialização será possível a partir da unidade douradense, algo que MS não tem. “Com isso temos grandes avanços na geração de emprego, na melhoria do preço da soja ao produtor local, que não precisará mais gastar tanto com frete para longas distâncias e, ainda, para a comunidade, com melhoria do preço do óleo no mercado local”, explicou.
Segundo Rizzatto, o prazo estipulado para início da operação do complexo agroindustrial é agosto de 2019. Até lá, muita tecnologia americana e europeia será aplicada na construção da unidade. “Teremos em Dourados a unidade mais moderna do Brasil para o processamento da soja. É o top da tecnologia mundial, com uma das mais avançadas unidades no mundo”, explica o superintendente de logística e operações, Airton Galinari.
Para se ter ideia, Rizzatto acrescentou que a expectativa de produção de óleo de soja é de 650 mil unidades pet de um litro por dia, o que resultará, também, em preço mais acessível para a comunidade local e do Estado.
Toda a produção traz o viés da geração de emprego, algo que a prefeita vai incentivar. Serão pelo menos 500 pessoas empregadas diretamente quando a operação da fábrica iniciar. Fora isso, segundo Galinari, toda a estrutura de transporte envolvida, com mais de 900 veículos de carga, entre chegada e saída de produtos, deve produzir ainda muitos empregos indiretos.
Durante a reunião a prefeita assistiu a um vídeo com a apresentação da planta em 3D de toda a estrutura que será construída em Dourados, pelo qual foi possível analisar a perspectiva do projeto para o acesso de caminhões, com chegada e expedição da soja e óleo e farelo, respectivamente, os silos para armazenamento de pelo menos 100 mil toneladas de soja, sistema próprio de produção de energia e outras inúmeras edificações e sistemas para o complexo.
Todo o processo para instalação da unidade em Dourados já completa 2 anos. Com o apoio da administração e a iminente chegada de um ramal ferroviário ligando Dourados ao Porto Paranaguá, se ampliam os horizontes da Cooperativa e da geração de emprego e renda para a comunidade de toda a região.