“O Plano Diretor de Mobilidade Urbana é um instrumento da política de desenvolvimento do município, pensado e planejado desde o início da administração do prefeito Murilo, que vai garantir ao longo do tempo o desenvolvimento humano e econômico de forma correta”. A afirmação é de Luís Roberto Araújo, o Beto, secretário de Planejamento da Prefeitura de Dourados, pasta que coordena o trabalho de elaboração do plano.
Começou na segunda-feira e segue até sexta-feira a ‘Pesquisa do Transporte Coletivo’ e ‘Perfil dos Ciclistas’, aplicada pelo escritório Edson Marchioro Arquitetura, Urbanismo e Engenharia, empresa que venceu a licitação para desenvolver o plano. Luís Roberto pede para que as pessoas atendam os entrevistadores e respondam os questionários. “Um bom plano depende da participação da população. Essas informações são de extrema importância”, explica o secretário.
De acordo com Luís Roberto, o trabalho começou com o estudo que culminou com o novo modelo de transporte coletivo. O estudo resultará na desativação do terminal central de transbordo e construção de duas estações de integração, uma no leste e outra no oeste da cidade. As obras estão processo de licitação. O novo modelo tornará o sistema mais eficiente. Com a pesquisa que está sendo feita agora o sistema poderá ser aprimorado ainda mais.
Após as pesquisas a Prefeitura disponibilizará no seu site um link para que a população faça sugestões para o plano. O é fazer seguinte será o diagnóstico, que será apresentado em audiência pública. “Esse resultado vamos apresentar no ano que vem, mas a aplicação do plano, que vai virar lei, será feita ao logo do tempo. É um estudo feito para garantir o crescimento com qualidade de vida ao longo dos anos”, ressalta.
O secretário de Planejamento esclarece que o plano tem de ser feito dentro de alguns contextos já aprovados em lei federal, mas há as características locais que precisam ser construídas de forma a atender as necessidades da cidade. Por isso ele ressalta a importância da participação popular, opinando nas fases de coleta de informações para o plano.
“O transporte coletivo é só um item do plano, o foco é o pedestre. O plano vai apontar pontos de gargalo do trânsito, por exemplo, planejando corredores. Vai apontar soluções para que as pessoas consigam ir e vir com segurança e qualidade”, ressalta.
O trabalho de coleta de informações para o diagnóstico é feito pelas arquitetas Sílvia Lunas e Caroline Arcego. Elas estão em Dourados esta semana coordenando a aplicação da pesquisa. Os pesquisadores estão vestidos com camisetas de cor amarela e identificados com o crachá da empresa. Os principais pontos de abordagem serão o terminal de transbordo, a Praça Antônio João, a Rodoviária, o Atacadão e as universidades. A pesquisa que identificará o perfil do ciclista será feito nas imediações desses locais.
Sílvia e Caroline explicam que o Plano de Mobilidade Urbana vai interferir em toda a cidade, promovendo o uso racional e eficiente dos meios de locomoção. “A prioridade é sempre o pedestre, depois o ciclista e o transporte coletivo. Ai vêm os veículos individuais automotores (motos) e o transporte de cargas. E, por último os veículos de passeio. Todo o trabalho é feito em cima das diretrizes da mobilidade urbana moderna”, acrescem as arquitetas.