O Hospital da Vida já está sob administração da Prefeitura de Dourados através da Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde de Dourados), desde os primeiros minutos desta segunda-feira. Por conta da situação precária de atendimento, o prefeito Murilo chamou a responsabilidade para a prefeitura e decidiu fazer mais esse enfrentamento, considerado como um dos maiores desafios, desde que assumiu o município.
“Nosso foco será na humanização”, ressaltou o secretário Sebastião Nogueira, que está a frente de todo esse processo. Ele lembra que todos os profissionais que irão atuar no HV foram selecionados e contratados através de processo seletivo. “Eles receberam treinamento para executar bem sua função”, complementou o secretário. “Queremos que qualquer paciente que chegue seja bem atendido”, disse.
Ele ainda lembra que a melhora no atendimento poderá ser observada gradativamente, a partir de agora. “Ninguém vai falar que num passe de mágica vai melhorar a saúde pública de Dourados. Vamos assumir com responsabilidade, respeito à população e dando tudo aquilo que ela merece”, esclareceu.
Nogueira ainda ressaltou que novos equipamentos estão em fase de compra porque, segundo ele, “é deprimente ir hoje ao Hospital da Vida, no Centro Cirúrgico e ver a situação de precariedade e total improviso. Temos hoje uma cama ortopédica segurada por um cabo de vassoura, é realmente uma situação complicada”, exemplificou.
O secretário reconhece que a saúde de Dourados viveu por muito tempo no caos e que é justamente por isso que o município, dentro da proposta do prefeito Murilo, assume essa responsabilidade sobre o HV, no sentido de melhorar o serviço.
“Hoje somos responsabilizados por um atendimento que nós não fazemos [no HV]. Então, de fato, queremos ser responsáveis por esse atendimento e por aquilo que der certo ou aquilo que der errado. A responsabilidade será nossa”, assumiu Nogueira.
O secretário lembra que não se pode perder de vista o fato de que o Hospital da Vida é pequeno e com infraestrutura precária para atender a demanda de Dourados e da região. Para amenizar isso, são realizadas pequenas reformas para aproveitar estruturas que antes estavam ociosas dentro do prédio da unidade e que caberiam, por exemplo, ao menos 15 leitos de UTI.
Na visão de Nogueira, o grande problema do Hospital da Vida foi o de gestão. “Os interesses hoje são diferentes”, disse. “O hospital é pequeno para a nossa região, mas ele pode ser muito melhorado”, ressaltou.
A intenção é ainda mudar a forma de atendimento do Hospital da Vida, quando houver ativação da UPA 24h, o que está previsto para acontecer nos próximos dias. A UPA 24h passará a ser o serviço de ‘porta aberta’ que a população deverá procurar para um primeiro atendimento de urgência. No local, será feito diagnóstico e o paciente seguirá para o Hospital da Vida somente via encaminhamento quando necessitar de internação ou cirurgia. A UPA 24h ainda poderá fazer encaminhamentos diretos para o Hospital Universitário e para os leitos de retaguarda do Hospital das Sias em Fátima do Sul.