O Ministério da Saúde fez nesta quarta-feira uma visita técnica à UPA (Unidade de Pronto Atendimento Médico) 24 Horas de Dourados. O trabalho faz parte do processo de habilitação e qualificação da unidade, concluída e colocada em funcionamento na atual administração e que há quatro meses garante atendimento de qualidade aos douradenses através do esforço do prefeito Murilo e do secretário de Saúde, Sebastião Nogueira.
Lucas Santiago Vilela, analista técnico da Coordenação Geral de Urgência e Emergência da Secretaria de Atenção à Saúde – órgão do Ministério da Saúde – passou a manhã na UPA. Acompanhado de médicos, enfermeiros e diretores da unidade e da Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde de Dourados), ele percorreu todas as dependências, conheceu os locais de atendimento de pacientes, vistoriou e fotografou equipamentos e agora vai fazer um relatório sobre a visita.
Apesar de a UPA de Dourados funcionar desde o ano passado, a prefeitura ainda não recebe recursos do Ministério da Saúde para custear as despesas e todos os gastos são pagos com dinheiro do próprio município. Com a habilitação e qualificação da UPA, Dourados deve receber R$ 300 mil mensais para as despesas de atendimento. A unidade atende em média 500 pacientes por dia.
O trabalho do técnico do Ministério da Saúde foi acompanhado pelo diretor clínico da UPA, Antonio Flávio Bichof, pelo gerente da unidade, Marte Horizonte, pelo coordenador de enfermagem Vagner Costa, pelo diretor da Gestão do SUS da Secretaria Municipal de Saúde Ivandro Fonseca, pela diretora técnica da Funsaud Terezinha Pícolo, pelo gerente da fundação Cassio Humberto Rocha e pelo presidente da Funsaud, Fábio José Judacewski. Criada pelo prefeito Murilo no ano passado, a Fundação de Serviços de Saúde de Dourados gerencia a UPA e o Hospital da Vida.
AVALIAÇÃO
Após percorrer todas as dependências da UPA, tirar dúvidas sobre o funcionamento e fazer algumas recomendações, Lucas Santiago Vilela se reuniu com os diretores e afirmou ter ficado impressionado com o bom funcionamento da Unidade de Pronto Atendimento. Segundo ele, a situação encontrada em Dourados é bem diferente da maioria das cidades brasileiras em que fez uma vistoria semelhante.
O diretor clínico Antonio Flávio Bichof explicou ao técnico as medidas adotadas para o funcionamento da UPA, principalmente para agilizar o atendimento e o diagnóstico dos pacientes que chegam à unidade. Segundo ele, a maioria dos casos é resolvida no tempo máximo de 12 horas e a pessoa volta para casa ou é encaminhada para um dos hospitais de referência, com o diagnóstico fechado.
“Seguindo a determinação do prefeito Murilo e do secretário de Saúde Sebastião Nogueira, tomamos uma série de medidas administrativas e práticas para garantir atendimento de qualidade. Hoje temos seis médicos de plantão durante 24 horas e com escala de trabalho definida para todos os dias da semana”, afirmou o diretor clínico. Além dos médicos, UPA conta com cinco enfermeiros, 18 técnicos e um dentista, todos de plantão no local, dia e noite.
O FUNCIONAMENTO
A UPA de Dourados funciona conforme as regras do Ministério da Saúde e adota o sistema de classificação de risco para determinar quais pacientes são atendidos primeiro. A ordem é estabelecida com base na urgência daqueles em situação mais grave.
Quando o paciente chega à UPA 24h é preenchida a ficha de identificação e ele é encaminhado para a sala de classificação de risco, onde uma equipe qualificada faz a primeira consulta para determinar a urgência do caso. A partir dessa avaliação, o paciente é identificado com pulseiras coloridas que indicam esta gravidade.
As pulseiras são nas cores azul, verde, amarelo e vermelho. Os casos identificados com a cor azul são aqueles que não caracterizam de urgência ou emergência e que podem ser atendidos em outros serviços de saúde. O verde é caso sem gravidade e que pode esperar pelo atendimento, já que não existe risco de morte.
A pulseira amarela é oferecida aos pacientes que precisam de um atendimento com prioridade e a pulseira vermelha é para o paciente que não pode esperar e necessita de um atendimento imediato. Pacientes classificados com pulseiras amarela e vermelha passam a frente de todos quando precisam de atendimento. O sistema é determinado pelo Ministério da Saúde.