Josiane Bruno Eidelvein, mãe de José Arthur, um bebê que hoje tem 8 meses de vida e que foi vítima de um trauma grave na cabeça, ocorrido em Sete Quedas, procurou a direção do Hospital da Vida para agradecer o esforço empregado no atendimento que acabou por evitar a morte da criança.
Ao receber a negativa de dois planos de saúde para o atendimento ao filho, a mãe recorreu ao hospital público de Dourados, único na região Sul que aceitou recebê-lo, e obteve atendimento preciso que salvou a vida do bebê, antes que ele fosse encaminhado para Campo Grande.
Era 20 de fevereiro de 2019 quando a mãe procurou atendimento na cidade de Sete Quedas, por volta de 18h. Por ser considerado caso grave, o atendimento não poderia permanecer na cidade e a transferência passou a ser solicitada pela equipe médica. “Temos dois planos de saúde. No entanto, um deles demorou demais em nos dar um retorno e, quando retornou, colocou vários obstáculos. O outro, simplesmente informava que não tinha UTI pediátrica é nem neuropediatra para encaminhar meu filho, que foi negligenciado pelos planos. Ficamos das 18h até às 23h tentando contato com os planos. O nosso tempo estava se esgotando. Foi quando a doutora decidiu levá-lo à Dourados”, disse Josiane.
Chegando à cidade de Dourados, por volta de 2h da madrugada do dia seguinte, foi a equipe do Hospital da Vida que decidiu intervir com o atendimento, mesmo sem possuir UTI Pediátrica. “Naquele momento meu filho já estava desenganado. Mas graças a Deus e aos profissionais do SUS, com muita presteza e profissionalismo, ele foi salvo”, conta Josiane, ressaltando que na época do ocorrido o filho tinha 7 meses de vida.
Terezinha de Jesus Machado, enfermeira do Hospital da Vida, conta que o bebê chegou muito mal à unidade e a equipe médica de neurocirurgia, aliada à equipe de pediatria, procedeu com a intervenção cirúrgica e estabilização da criança, antes de transferi-lo para a Santa Casa de Campo Grande. “Foi um momento de decisão rápida e eficaz, uma vez que, se o atendimento demorasse mais um pouco, poderia ser fatal. Foi um caso que contagiou todos nós, por que é um bebê”, disse a enfermeira.
A direção clínica do Hospital da Vida ressaltou o compromisso da unidade em esgotar todos os meios possíveis para que o atendimento ocorra. “Não somos dotados de UTI Pediátrica, mas somos um hospital com pessoas capacitadas e o compromisso tem que ser mantido. A equipe médica decidiu aceitar o caso e foi isso que fez a diferença”, disse o diretor José Raul Espinosa.
Segundo a mãe, não fosse a intervenção dos médicos no Hospital da Vida ela perderia o filho. Em Campo Grande, na Santa Casa, o bebê chegou com quadro grave, mas estabilizado. “Foram feitos lá [na Santa Casa] a drenagem dos pulmões. Ficamos no hospital uns 18 dias e ele ficou na UTI uns 10. Quase o perdemos de novo lá, só que mais uma vez esses profissionais puderam salvá-lo”, disse Josiane.
Agora, José Arthur recebe acompanhamento com um neuropediátra e um oftalmopediatra, uma vez que alguma sequela pode permanecer. “O que é importante, Graças a Deus, é que estas sequelas são mínimas, pois temos nosso filho conosco graças ao atendimento rápido e preciso”, finalizou a mãe. José Arthur já se recupera em casa.