Mesmo com a estagnação econômica nos principais centros brasileiros, Dourados não para de crescer. E para dar suporte ao incremento populacional constante uma média de 5 empresas se instalam por dia no município. Nas duas mais recentes reuniões do CMDU (Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano) os destaques foram para a indústria moveleira.
Dos 46 processos analisados pelos conselheiros, 6 tratam de implantação de indústrias de móveis e receberam pareceres favoráveis. Passam pelo conselho solicitação de instalação de empresas nos casos em que não há uma legislação clara sobre o setor ou ainda de alto impacto urbanístico, como é o caso da indústria moveleira, que gera ruídos e resíduos. Estima-se que essa novas empresas juntas deverão gerar pelo menos 100 empregos.
Com pareceres favoráveis, os empresários agora darão inicio ao processo de instalação, que requer, formalização e licenças, entre elas a ambiental. Uma das fábricas deve ser instalada na Rua Pedro Rigotti, no Jardim São Pedro, para produzir móveis com predominância de madeira. Outra ficará na Rua João Damasceno Pires, no Jardim Água Boa e, além de fabricar móveis de móveis de madeira também venderá diretamente ao cliente.
Na Rua Edilberto Celestino de Oliveira, no Jardim Santo André, também deverá ser instalada uma fábrica com foco em móveis de MDF. Produzirá armário embutido, balcão, cama, mesa, painéis de madeira e cozinha planejada, tudo planejado. A empresa também atuará no comércio varejista de móveis e de ferramentas manuais e elétricas.
Outra empresa, em instalação na Sitioca Campina Verde, vai fabricar moveis de Madeira e MDF e atuará também no comercio varejista. Na Rua Mario Feitosa Rodrigues, Altos do Indaiá, produzirá móveis com predominância de madeira. A sexta fábrica também atuará na área de reformas e consertos e ficará na Rua Monte Alegre, no bairro Altos do Monte Alegre.
A forma como o prefeito Murilo planejou a cidade, em 2011, ao assumir a Prefeitura, com melhoria da infraestrutura e implantação de programas de fomento à economia e qualificação de mão de obra tem amenizado os efeitos da crise. Com isso, a cidade continua atraindo muitos moradores da região e de outros Estados e gerando muita demanda por habitação.
A construção civil em Dourados continua um mercado aquecido, com vários loteamentos à venda, entre eles condomínios de luxo, como duas etapas do Alphaville, o Porto Madero, Greenville e loteamentos populares, como o Vival dos Ipês, Vival Castelo e Esplanada. Há pelo menos seis torres de 12 pisos ou mais em construção e dezenas de prédios menores. São novas residências que geram grande demanda em mobília e decoração.
João Junior, corretor de imóveis da Imobiliária Ponto X e que atende no posto de vendas do Residencial Vival dos Ipês, da Corpal, conta que o comércio de imóveis continua aquecido em Dourados. Este residencial, por exemplo, que tem 936 lotes e está localizado na MS-156, ao lado do Jardim Guaicurus, foi vendido quase totalmente em dois dias. Uma boa parte dos compradores é das cidades próximas a Dourados que vão construir para uso dos filhos durante o período de faculdade. Mas há também investidores de outros Estados, até do Rio de Janeiro.
Nessas mesmas reuniões do CMDU também foram aprovadas as instalações de dois empreendimentos na área de material de construção. Uma das empresas será instalada no Parque das Nações II e, além de atuar no comercio varejista de materiais de construção, executará instalação de peças em mármore, granito, ardósia e outras pedras. Nessa mesma área, empresa semelhante será instalada no Jardim Ouro Verde. Também fabricará esquadrias metálicas e outros materiais de ferragens.