Balanço do Núcleo Epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde aponta redução dos casos suspeitos de dengue em Dourados no mês de abril, em comparação aos meses anteriores deste ano. Em janeiro foram 1.498 casos suspeitos, enquanto em fevereiro 1.766, em março 687 e em abril apenas 223.
No geral, até agora no ano são 4.174 casos suspeitos, com confirmação de 2.188, sendo 925 no mês de janeiro, 897 em fevereiro, 329 em março e somente 37 no mês de abril.
O resultado é graças ao trabalho intenso das equipes da Prefeitura nos mutirões e agentes de endemias. As equipes visitaram 188.520 imóveis desde o início dos trabalhados em janeiro, quando o prefeito Murilo reforçou o plano de contingência para combate ao mosquito Aedes aegypt transmissor da dengue, chikungunya e zika.
A cidade tem 107.464 imóveis, mas alguns foram vistoriados mais de uma vez, superando as expectativas, segundo a coordenadora do CCZ (Centro de Controle de Zoonozes), Rosana Alexandre da Silva.
Para a coordenadora do CCZ, Dourados vem reduzindo os casos de dengue graças a conscientização da população e aos mutirões realizados pela Prefeitura desde o início de janeiro deste ano. Ela lembra que o auge das notificações foi nos meses de janeiro e fevereiro, mas logo no início de março já houve uma queda significativa.
São três óbitos registrados por dengue este ano. Quanto à chikungunya foram notificados este ano seis casos suspeitos, sendo um positivo. Quanto ao zika são três casos confirmados. Sete gestantes ainda estão sendo monitoradas.
Ainda em alerta
Segundo Rosana a redução das notificações não significa que o município vai baixar guarda. “Os mutirões vão continuar e os trabalhos de visitas de rotina nos imóveis também. Vamos continuar em alerta, porque qualquer descuido, o mosquito volta a proliferar mesmo porque a temporada de chuva não parou e ainda o clima está quente”, enfatizou.
Nos imóveis onde os mutirões passam os focos dos mosquitos são eliminados com larvicida pelos agentes de endemias. Os servidores de serviços gerais da Semsur (Secretaria de Serviços Urbanos) fazem a limpeza e retiram entulhos, materiais recicláveis e fazem roçada. Os mutirões ainda contam com o apoio da Guarda Municipal, Policia Militar e Corpo de Bombeiros.
Ela destaca que o trabalho no combate ao mosquito ganhou um forte aliado, que foi o enquadramento da “Lei da Febre Amarela, Dengue, Zika, Chikungunya e demais vetores de doenças e zoonozes”, que agora está mais rígida no município de Dourados.
Um dos pontos que torna a lei mais rigorosa é observado no artigo 10 que prevê aplicação de multa por cada foco do mosquito Aedes aegypti encontrado pelos agentes públicos, independentemente de notificação. No caso de imóveis residenciais é aplicada multa no valor de R$ 400,00 por foco. Já no caso de terrenos baldios o valor sobe para R$ 600,00 e nos imóveis comerciais, industriais e órgãos ou entidades públicas será aplicada multa de R$ 800,00 por foco encontrado.
Independente de localizado foco do mosquito, se no imóvel for mantida sujeira, mato, entulho, latas, garrafas, pneus, piscinas sujas, caixa de d´água aberta entre outros, que propiciem criação do mosquito, também está prevista notificação e multa. Neste caso, para imóvel residencial o valor da multa é de R$ 800,00; em terrenos baldios o valor é de R$ 1.300,00 e em empresas e indústrias o valor é de R$ 1.600,00.