Os agentes de endemias do CCZ (Centro de Controle de Zoonozes), da prefeitura de Dourados, estão realizando essa semana uma nova pesquisa para conclusão de um novo LIRAa (Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti). Este será o terceiro levantamento realizado este ano em Dourados com objetivo de monitorar o índice de infestação do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus.
A coordenadora do CCZ, Rosana Alexandre da Silva explica que esse levantamento é realizado por determinação do Ministério da Saúde ao inicio de cada ciclo de visita domiciliar. Através de um programa fornecido pelo Governo Federal, é sorteado os quarteirões a serem trabalhados, e dentro destes quarteirões se trabalha a primeira e quinta casa deste quarteirão.
“O objetivo principal do LIRAa, é ter um levantamento rápido, em apenas uma semana , do índice de infestação do Aedes aegypti, para que a partir deste, possa direcionar os trabalhos dos próximos dias”, explica Rosana.
No próximo sábado, dia 3 de setembro, será realizado um trabalho no bairro que o LIRAa apontar com maior índice de infestação do Aedes Aegypti.
Será feita visita domiciliar, inspeção do imóvel, orientação aos moradores, eliminação e tratamento (com larvicida) dos focos e possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e zika.
O imóvel em situação crítica, não atendendo as solicitações previstas na Lei Municipal nº 3965 de 11 de fevereiro de 2016, será notificado e estará sujeitos a multa.
De acordo com Rosana, com as chuvas que começam logo com o inicio do verão, a perspectiva é que aumentem os índices de infestação do mosquito, por isso a necessidade de iniciar novos monitoramentos, que a forma mais eficaz de evitar uma epidemia.
Dourados teve este ano, de janeiro a julho, 4.967 notificações de dengue, sendo que 3.025 foram de casos confirmados. Desde o mês de junho, a dengue tem dado uma trégua, sendo que no julho ocorreram sete notificações e nenhum caso confirmado. Os dados são da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde.
A coordenadora do CCZ, a bióloga Rosana Alexandra da Silva, explica que a entrada de frentes frias na cidade foi um dos principais motivos da queda no número de casos de dengue, já que há redução da proliferação do mosquito. O trabalho de campo dos agentes de endemias do CCZ e mutirões nos bairros, que ajudaram a conscientizar a população para manter limpo seus quintais. Outro fator significativo foi o rigor da Lei da Dengue, com multas pesadas para o morador que deixar proliferar o mosquito transmissor.
“Embora o número de casos tenham diminuído bastante por causa do frio, a população deve continuar mantendo a limpeza, pois com a entrada do verão e chuva, os ovos do mosquito começam a eclodir e a proliferar, portanto, todo cuidado é pouco”, alerta a coordenadora do CCZ.