O secretário municipal de Saúde de Dourados, Renato Vidigal, recebeu na tarde de quarta-feira (12), das mãos do presidente Michel Temer e do ministro da Saúde, Gilberto Occhi, as chaves de uma caminhoneta para ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, chikungunya e zika. A cerimônia ocorreu no pátio da Receita Federal, em Brasília (DF).
O município de Dourados é uma das 60 cidades de Mato Grosso do Sul contempladas com a entrega, mas o momento serviu para ser destacado como um dos municípios do Centro-Oeste com os melhores índices no cumprimento das metas contra estas endemias.
Depois do ato de entrega, o secretário destacou a visão da prefeita Délia Razuk em dar condições para o trabalho. “A prefeita sempre exige que busquemos a prevenção nestas situações porque o impacto social é positivo e reflete em outras inúmeras situações. Com menos casos destas doenças, temos menos pessoas nos hospitais, mais pessoas felizes, produzindo, participando da vida, por exemplo”, disse.
Vidigal também mandou uma mensagem aos servidores da Secretaria Municipal de Saúde e aos demais douradenses sobre a conquista. “Só nos resta agradecer a todos os agentes de saúde, agentes de endemias, pelo trabalho que desempenham monitorados pelo núcleo de Vigilância Epidemiológica. Também à participação popular no combate ao mosquito, uma vez que cada um pode fazer um grande trabalho em casa, ajudando a eliminar possíveis criadouros do Aedes. É de vocês esta conquista, não só do veículo que recebemos, mas da notoriedade em ser destaque”, disse.
O destaque foi embasado no trabalho desenvolvido que rendeu resultados importantes. Conforme levantamento do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, até a primeira semana de dezembro, as atividades de campo da SEMS resultaram em mais de 600 mil visitas a domicílios, 48 mutirões de educação em saúde com palestras sobre o assunto e pelo menos 2,6 mil ações de bloqueio em quarteirões.
Conforme Edvan Marcelo Morais Marques, diretor do Núcleo, este trabalho é desenvolvido principalmente pelo Centro de Controle de Zoonoses, depois que a rede de saúde identifica localidades com potencial risco. “Uma das positivas informações foi a efetividade das ações em determinada região que teve surto de casos de chikungunya em março. Identificamos, realizamos ações e tivemos uma queda vertiginosa nas notificações e confirmações”, disse.
Em relação à dengue, o município ocupa a 56ª posição entre os 79 municípios do Estado. “Por ser o segundo município mais populoso, Dourados apresenta dados importantes e positivos para esta doença”, disse Edvan. Em relação à zika vírus, o município teve um caso notificado e confirmado em todo o ano.
A GUERRA NÃO ACABOU
O secretário Renato Vidigal destacou a importância da continuidade nas ações de combate ao mosquito Aedes, tanto por parte do poder público quanto pela participação da população douradense. “A prevenção é o mais simples. E o cuidado de cada um com a própria casa deve continuar. Temos dados que comprovam um pico de notificações a cada dois anos. Embora 2018 seja o ano com menos casos e notificações, devemos estar atentos para quebrar este ciclo”, disse.
A poucos dias do início do verão, quando o calor e as chuvas propiciam criadouros aos mosquitos, o alerta é para o cuidado redobrado. “Temos por base a informação da Fiocruz que demonstra através de estudos que uma inspeção de 10 minutos pode eliminar criadouros domésticos, que representam 80% do total de focos. Assim, a população é parte importante deste processo”, explicou Edvan Marcelo.
Durante a viagem, o secretário Renato Vidigal também solicitou ao Ministério da Saúde agilidade em repasses para prosseguir com os projetos da Secretaria de Saúde.