O secretário de Saúde de Dourados, o médico Renato Vidigal, prestou contas da gestão da saúde municipal, referente ao quadrimestre janeiro/abril deste ano, na Câmara de Vereadores, na terça-feira, 30. “A gente sabe que os secretários anteriores não participavam da prestação de contas, mas eu faço questão de estar aqui para cumprir o que prevê a lei federal nº 141, de 2012, que regulamenta a Constituição Federal no que trata dos valores mínimos a serem aplicados na saúde”, explica.
Renato e os diretores da Secretaria de Saúde, Cristiane Sanches Sisto, Marcelo Delessandro, Renan Robles Hadykian e ainda o contador Antônio Carlos apresentaram os números do setor e falaram das ações que a secretaria desenvolve para melhorar e dinamizar o atendimento em saúde em Dourados.
Com desenvoltura e domínio do assunto, o secretario falou das dificuldades de gerir a saúde de Dourados tendo de executar um orçamento feito pela administração anterior. “Com os recursos engessados, para inovar você tem de fazer mágica. Mas nós estamos fazendo tudo o possível para melhorar, sem medo de errar. Se erramos, corrigimos e seguimos em frente no processo para atender cada vez melhor a população”, afirma.
Renato falou também do problema da falta de recursos para tocar a saúde e dos impactos do PCCR (Planos de Cargos, Carreira e Remuneração) na folha dos servidores, que diminui a capacidade do custeio. Há também o problema do atraso no repasse de recursos estaduais, que também prejudica o trabalho.
Em apenas 5 meses de trabalho a gestão de Délia Razuk na Prefeitura e Renato Vidigal na secretaria está melhorando o desempenho da Saúde, cumprindo metas e elevando os índices. É o caso, por exemplo, da atenção básica e do atendimento à saúde bucal, cujas metas eram 70%, mas que já foram ultrapassadas, chegando a 71%.
Com relação à Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde de Dourados) a equipe de Renato explica que Prefeitura herdou da gestão passada uma dívida de R$ 8,239 milhões e dela já conseguiu pagar R$ 6,332 milhões.
Com um orçamento engessado de apenas R$ 4,404 milhões por mês, descontando-se as despesas fixas sobra apenas R$ 300 mil por mês para a compra de insumos. A situação requer um empenho de todos, segundo o secretário, para aumentar os recursos para a Saúde de Dourados, uma vez que não há como cortar mais nada de nenhum setor.
A Funsaud é responsável pela gestão da UPA, Hospital da Vida e o setor administrativo da saúde. A UPA, por exemplo, já é referência em atendimento e motivo de elogios da população. É o resultado de um trabalho de humanização no atendimento e gestão austera.
E continuaremos com o firme propósito de avançar sempre. Trilhamos o caminho assertivo e construtivo. Esta é a razão do êxito da gestão. Se erramos em alguma coisa, a quantidade de erros é infinitamente menor que os acertos. Nós não temos medo de fazer e vamos continuar assim com foco no propósito de atender os mais pobres e humildes. É dessa forma que a prefeita Délia trabalha. Assim nós também trabalhamos”, afirma Renato.