Na última sexta-feira (14) aconteceu a 1ª Conferência da Saúde e Direitos da População LGBTQIA+. O evento, uma parceria do CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento), Sest e Senai, aconteceu no anfiteatro José Cerveira, do CAM (Centro Administrativo Municipal), onde foram abordados pelos palestrantes os “Desafios para a integridade na saúde e direitos com equidade”.
As duas palestras foram proferidas por Bruna Paes de Barros, psicóloga, doutora e pós-graduada em Ciências da Saúde, pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp e por Ana Carolina Santana Moreira, Mestra em Educação /UFGD que discutiram com o público o tema proposto. Na abertura, a coordenadora de Políticas Públicas LGBTQIA+, Cláudia Rosa Assunção Pompeu enfatizou a importância da discussão do tema e o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Genivaldo Dias da Silva, elogiou a iniciativa, colocando o conselho à disposição para atender à comunidade.
O coordenador do Centro Estadual de Cidadania LGBT+ (CECLGBT+), Jonatan Oliveira Espíndola, parabenizou a todos pelo evento. “Sabemos que em Dourados existe uma coordenadoria bastante ativa, que está sempre disposta a auxiliar e fazer parcerias. Queremos nos colocar à disposição para contribuir no que nos for possível, participando de conferências livres e municipais. Vamos seguir firmes na luta pela nossa população, de forma técnica e assertiva. Estamos nos tornando e cada vez mais fortes”, destacou.
O Subsecretário de Políticas Públicas LGBTQIA+, Vagner Campos Silva disse que “estamos na estrada, por orientação do governador Eduardo Riedel e do secretário de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania – Setescc, Marcelo Ferreiras Miranda. Por vontade política deles estamos fortalecendo as políticas públicas, em especial a comunidade LGBTQIA+”.
Na primeira palestra, a psicóloga Bruna Paes de Barros enfatizou a necessidade do envolvimento na luta. Para ela, o trabalho que vem sendo desenvolvido “é um tapa na cara para quem ainda fica preso naquele finalismo de gênero e nem sabe qual que é a diferença entre ele e a orientação sexual, alertando ainda que “a gente precisa começar a falar sobre isso para não reproduzir essas violências do cotidiano; se o suicídio é altíssimo na comunidade LGBT é porque nós temos muito preconceito; não é porque a pessoa é fraca, mas aquele olhar de rejeição dói demais, aquela “piada” e eu faço entre aspas porque não é piada. Ninguém escolhe ocupar uma situação, uma condição no campo LGBTQIA+”.
Por sua vez, a mestra em Educação Ana Carolina Santana Moreira, foi um bom evento, mas que deveria envolver outros setores, citando a Educação e a Assistência Social. “A saúde LGBTQIA+ tem que ser vista por outros órgãos, não apenas pela Secretaria de Saúde”. Para ela, essa programação precisa ser constante e efetiva. “É importante demais essa iniciativa da Cláudia e da Aurenita e espero que tenha novas conferências para que possamos ter a oportunidade de conversar com mais pessoas”.
Dentre os participantes estavam os vereadores Marcelo Mourão e Elias Ishy, o coordenador estadual Jonatan Espíndola, a representante o Sest/Senai, Tatiane Miranda, a gerente do SAE, Aurenita Barbosa, o subsecretário de Políticas Públicas LGBTQIA+, Vagner Campos Silva e outros.