Depois de vários enfrentamentos feitos pela administração do prefeito Murilo, com a redução dos atendimentos pelo SUS através do Hospital Evangélico, com a prefeitura assumindo o Hospital da Vida, que hoje está quase que totalmente reformado, abertura da UPA e fechamento do PAM, a saúde em Dourados vive uma nova realidade. São procedimentos devidamente distribuídos, o que proporciona melhoria na qualidade do atendimento e várias outras ações.
Para a administração municipal, são avanços consideráveis que fazem com que a saúde pública não deixe muito a desejar em relação ao atendimento particular. Em Dourados, como já anunciou o prefeito Murilo, a busca por melhorias é constante, sempre com o objetivo de chegar pelo menos, próximo à perfeição. Só que são avanços que o usuário vai percebendo aos poucos, à medida que ele utiliza o serviço.
Mas o município explica que existem detalhes que a população deve observar, para que esses avanços possam ser ainda maiores. Entre eles, a diferença para os atendimentos que são realizados na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) 24h, Unidades Básicas de Saúde e Hospital da Vida. A intenção é que os usuários contribuam com a qualidade da atenção dada a eles, se dirigindo ao órgão correto quando precisar os serviços de saúde.
A maioria dos usuários que hoje procura a UPA 24h poderia ser atendida nas unidades de saúde que também atende casos de urgência com menor gravidade. Com trabalho de conscientização, a prefeitura quer mudar essa realidade, já que se cada morador for direcionado à unidade correta, o serviço fica distribuído e dessa forma, a fila para o atendimento diminui em todas as unidades.
Quando chega à UPA 24h o paciente passa pela Classificação de Risco. É a primeira etapa do atendimento em que a equipe de enfermeiros qualificados para este trabalho faz uma série de perguntas ao paciente e a aferição dos sinais vitais. Dessa forma, os pacientes passam a aguardar por atendimento conforme a gravidade do caso. Quando classificados, os usuários recebem pulseiras nas cores: vermelha, amarela, verde e azul, designadas gradativamente conforme a gravidade.
A vermelha é quando corre risco de morte. Já a amarela é quando o paciente pode aguardar a realização de alguns exames para o diagnóstico, por exemplo. Já a verde é quando o paciente está com algo que pode estar, como uma febre que não está alta, vômito ou diarreia que ainda não causou desidratação, entre outros. A azul é colocada justamente no paciente que poderia ter sido atendido em posto de saúde.
As unidades estão abertas das 7h às 11h e das 13h as 17h e preparados para atender casos clínicos, consultas médicas e ainda realizam um importante trabalho de prevenção. A diretora da Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde de Dourados), Terezinha Picollo, lembra que a UPA funciona durante 24h, mas a maioria dos que procuram atendimento se direciona à unidade das 16h às 19h, o que gera uma fila maior de espera neste período.
“Nesse horário chegamos a ter 100 ou 120 pessoas na espera, o que acaba demorando um pouquinho mais. Não precisa ir todo mundo nesse horário”, esclarece Terezinha, lembrando que assim que aparecem os sintomas, a pessoa pode procurar a unidade de saúde ou a UPA durante o dia.
Uma sugestão da diretora é para que a pessoa que está em dúvida para qual unidade se deslocar, ligue para o Samu (Serviço Móvel de Urgência) que atende por 24h no telefone 192, e que está preparado para dar essa informação.
Toda a reestruturação realizada pela Prefeitura de Dourados nos serviços de urgência e emergência tem surtido um efeito importante na qualidade do atendimento à população. Com a ativação da UPA 24h, o pronto socorro do Hospital da Vida que costumava atender 6 mil pessoas por mês, atualmente atende 1 mil. Na unidade hospitalar hoje são atendidos somente os casos de trauma, como acidentes, tiros, facadas, entre outros.
Com UPA 24h recebendo os casos clínicos em porta aberta, hoje a grande parte dos atendimentos do Hospital da Vida já chegam através de ambulâncias devido à gravidade ou encaminhados pela unidade de pronto atendimento. Não há mais pacientes, nem momentaneamente no corredor e há mais oferta de vagas de leitos, um grande gargalo da região.
Aliado à instalação da UPA que desafogou a demanda da unidade, hoje o Hospital está melhor equipado, o que reduz o tempo em que a pessoa permanece internada ou que espera por uma cirurgia. “Antes demorava de cinco a seis dias por falta de vaga ou equipamento e hoje a média de permanência do paciente diminuiu significativamente”, explicou a diretora.
Com quase 400 internações por mês, o HV, além dos equipamentos, ainda há investimentos em móveis, pintura do prédio, limpeza, entre outros. “Temos ouvidoria, equipes de assistência social e hoje o que temos ouvido é que 90% das pessoas que passam pelo serviço estão mais satisfeitas, se sentindo acolhidas pela prefeitura”, relata Terezinha.
Ela ainda lembra que antes o recurso repassado era maior que agora e não apresentava resultados satisfatórios. Isso, segundo a diretora, demonstra que o diferencial não está exatamente no dinheiro aplicado, mas na melhor gestão dos recursos públicos. Para a secretaria de saúde, de 70% a 80% da estrutura já melhorou e a proposta do secretário Sebastião Nogueira e do prefeito Murilo é de melhorar ainda mais.