O trabalho de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya não para em Dourados. O CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) tem intensificado as ações por determinação da prefeita Délia Razuk. Em menos de dois meses, mais de 85 mil imóveis foram vistoriados.
Durante as ações, os agentes eliminaram 58.925 possíveis criadouros e 300 focos do vetor.
De acordo com dados do centro, os bairros que tem apresentado maior incidência destes fatores são: Izidro Pedroso, BNH 3°Plano e centro.
O trabalho dos agentes tem sido constante nesses locais e nos vários pontos da cidade. Conforme Rosana Alexandre da Silva, coordenadora do CCZ, o alerta a população no combate ao vetor se torna maior ainda neste período de constantes chuvas e também de viagens.
“É um período de atenção, as chuvas são constantes e os criadouros podem aumentar. Com as casas sozinhas por vários dias também é perigoso isso, os moradores tem que se atentar a deixar o quintal limpo antes de viajar e também em pedir para alguém de confiança vistoriar”, disse.
Os mutirões têm sido realizados periodicamente nos bairros, com base nos levantamentos dos locais mais críticos. Atividades junto a órgãos públicos e privados também acontecem no município. Nesta iniciativa, os agentes do CCZ realizam explanações, panfletagens e dinâmicas do “certo e errado” em pontos com grande fluxo de pessoas.
De acordo com o mais recente boletim epidemiológico de saúde, Dourados conta com 44 notificações de dengue, sendo seis confirmados. No ano anterior eram 276 notificações da doença no mesmo período.
Quanto a casos notificados de chikungunya na cidade, são 11 notificações, de zika vírus são duas. Ambas não possuem casos confirmados.
Rosana explica que os casos notificados de dengue caíram bastante este ano se comparado ao anterior, sendo que o número de notificações das outras doenças transmitidas pelo mosquito também é baixo. Para ela, isso é resultado de uma “força trabalho” e maior consciência da comunidade, no entanto, ainda é necessário maior atenção por parte de uma minoria.
“É uma ação constante que tem gerado resultados. Temos obtido o respaldo da prefeita Délia que auxilia muito nosso trabalho e seguimos nesse objetivo, mesmo porque, são doenças que podem levar a morte”, cita.
Ela ressalta ainda que com o fato da prefeita Délia estar chamando os concursados na área da saúde, o trabalho contará com maior reforço em breve.
Os terrenos e imóveis fechados são uma grande preocupação do CCZ. Rosana destaca que a população deve denunciar esses pontos quando for notória a possibilidade de criadouros do mosquito, tendo em vista a prevenção da comunidade.
“Os proprietários desses locais em que não fica ninguém constantemente tem que se preocupar e quando essa preocupação não acontecer, os vizinhos precisam entrar em contato para que possamos tomar as medidas necessárias, o que inclui multa”, destaca.
O imóvel em situação crítica, não atendendo as solicitações previstas na Lei Municipal nº 3965 de 11 de fevereiro de 2016 é notificado e está sujeito a multa.
O telefone para contato do Centro de Controle de Zoonoses para denúncias é o 3411-7753.