Janeiro já conta com chuvas acima da média mensal em Dourados e diante disso o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) alerta que o combate ao mosquito Aedes Aegypti precisa ser intensificado. A meta do órgão, conforme encaminhamento da gestão Délia Razuk, é manter índices baixos de dengue e outras doenças transmitidas pelo vetor, conforme ocorreu em 2017.
No início do mês, o Lira (Levantamento de Índice Rápido do Aedes) foi realizado para direcionamento das ações dos agentes, de acordo com a maior demanda no município.
A coordenadora do CCZ, Rosana Alexandre da Silva, cita que as visitas foram iniciadas nessa semana, pela Vila Sulmat, única região do município que contou com índice de focos do Aedes acima do preconizado pelo Ministério da Saúde.
Posteriormente as visitas com orientações, bloqueios químicos e outros encaminhamentos serão direcionados para os bairros de todas as regiões da cidade.
De acordo com dados do Guia Clima Embrapa, Dourados já registrou 256.4 mm de chuva até esta quarta-feira (17) – dados colhidos no portal às 11h30. O índice médio do mês é de 159.2 mm, ou seja, o volume atual fica bem acima.
Com isso, o CCZ orienta a população que redobre o cuidado para evitar água acumulada em recipientes diversos – pneus, vasos de plantas, lixos – já que este é o ambiente favorável para proliferação do mosquito transmissor da dengue.
“As chuvas não param e os cuidados têm que ser ainda maiores com isso. Os populares têm que verificar o quintal, as calhas, evitar a água parada; esse é nosso dever enquanto cidadãos e os agentes seguem com trabalho intenso de combate à dengue. Todos nós temos que fazer nossa parte para evitar as doenças; esperamos que os índices sejam baixos nesse ano também”, citou.
A coordenadora ressalta ainda que a população deve denunciar imóveis fechados que possam ser possíveis pontos de criadouro do mosquito. Constatada tal situação, os proprietários estão sujeitos a multa, conforme Lei 3.965, chamada “Lei da Dengue”, de fevereiro de 2016, que dispõe sobre o controle e prevenção da febre amarela, da dengue, zika vírus e chikungunya e demais vetores de doenças e zoonoses no âmbito do Município de Dourados.
O texto determina a aplicação de multa no valor de R$ 400 por foco, no caso de imóveis residenciais. Já no caso de terrenos baldios, o valor sobe para R$ 600,00 e nos imóveis comerciais, industriais e órgãos ou entidades públicas, R$ 800,00 por foco encontrado.
A Lei prevê também que, independente de ser localizado foco do mosquito, a presença de entulhos, objetos que podem se transformar em criadouros ou a sujeira do imóvel, pode também gerar multas e, nesse caso, para imóvel residencial o valor é de R$ 800; em terrenos baldios, de R$ 1,3 mil e em empresas e indústrias, de R$ 1,6 mil.
REDUÇÃO QUASE A
“ZERO” DA DENGUE
Comparado a 2016, os dados de 2017 mostram redução impactante da dengue em Dourados. Em 2016 ocorreram 5.115 casos notificados da doença, sendo 171 em 2017. Os casos confirmados da doença somaram 3.624 em 2016, sendo que em 2017, foram 21.