A ampliação do aeroporto de Dourados está na fase de elaboração do licenciamento ambiental, que antecede a licitação da obra pelo Banco do Brasil. A informação foi confirmada pelos técnicos da SAC (Secretaria de Aviação Civil) em visitas de dois dias ao Estado no final da semana passada. Outros seis aeroportos do Estado também estão em estágio avançado.
O coordenador-geral de Planejamento do PROFAA da Secretaria, Marcio Maffili, disse que o Banco do Brasil vai acompanhar a questão do licenciamento ambiental, que é feito pelo Governo do Estado, da forma como foi tratada nos outros Estados. No caso de Dourados o licenciamento está em fase final.
A ampliação será feita pelo PIL: Aeroportos (Programa de Investimento em Logística: Aeroportos) do Governo Federal. Maffili disse, por meio de release postado no site da SAC, que os maiores ganhos de capacidade operacional serão nos aeroportos de Dourados e Bonito, que poderão receber aeronaves maiores após o alargamento das pistas.
Os investimentos do governo federal contemplam reforma, recuperação e ampliação das infraestruturas de pista de pouso e decolagem, terminal de passageiros, pátio de aeronaves, seção contra incêndio, estacionamento de veículos e equipamentos de navegação aérea.
Nos últimos dias houve rumores do adiamento do programa por conta dos cortes de investimento no Governo Federal. Porém era uma confusão de programas. O suspenso foi o PDAR (Programa de Desenvolvimento da Aviação Regional), que consistia em financiamento de assentos nas aeronaves para cidades menos atrativas. Com a mudança, a parte de investimento em infraestrutura persiste, mas a operação pelas companhias vai depender da viabilidade econômica existente em cada localidade.
Pelo projeto original, era previsto pelo PIL Aeroportos um investimento de R$ 36,854 milhões do Fnac (Fundo Nacional da Aviação Civil), aplicados pelo Banco do Brasil, no aeroporto de Dourados.
De acordo com o cenário aprovado pelo governo, a pista passará para 2.125 metros de comprimento por 45 metros de largura, mais as Resas (áreas de segurança nas cabeceiras) com 90×90 metros. Será construída ainda uma nova taxiway (acesso à pista) e novo SCI (Serviço de Combate à Incêndio).
O pátio de estacionamento de aeronaves passará dos atuais 9 mil m² para 16.880 m², com 6 posições para embarque e desembarque simultâneos. O terminal de passageiros passará dos atuais 971 m² para 1.210 m².
Com isso, o aeroporto poderá receber aeronaves de até 162 passageiros, como o Boeing 373-800, como 90% de PMD (peso máximo para decolagem) ou 71 toneladas. O estudo levou em consideração a demanda de passageiros de 110 por hora em 2025 e 171 em 2035.
A operação será por instrumentos. Hoje já é por instrumento, mas para aeronaves de até 50 passageiros. Para aeronaves acima dessa lotação a operação é parcial por instrumentos, utilizando-se o NDB (rádio farol) e o Papi (rampa de luz), não sendo autorizado o sistema RNav (operação por GPS).