Uma reunião na manhã desta terça-feira, entre agentes e técnicos da administração municipal, vereadores e representantes de sindicatos de várias categorias de servidores municipais de Dourados foi mais uma tentativa do executivo de esclarecer ao funcionalismo a real situação financeira do município e o impedimento, neste momento, de atender à pauta de reivindicações, especialmente no que se refere a reajuste salarial.
Por sugestão dos próprios sindicalistas, na reunião não foi discutido sobre o PCCR (Plano de Cargos, Carreira e Remuneração) e apenas abordagens a respeito situação financeira do município. Todavia, dúvidas foram levantadas e esclarecimentos foram feitos a respeito, pelos representantes do município.
O contador geral do município, Rosenildo da Silva França, mostrou aos representantes dos servidores, mais uma vez, os números da contabilidade da prefeitura, o impacto que o plano de cargos aprovado no ano passado causou na folha salarial atual, o que, aliado à queda de receita, impede à administração qualquer concessão de benefício ao funcionalismo.
Questionado pelo sindicado dos educadores (Simted), o contador fez ver que entre os anos de 2011 e 2015, só a categoria do magistério obteve ganho salarial da ordem de 74,18%, contra apenas 21,37% conquistados pelos demais servidores da prefeitura.
Revelou, ainda, que a dificuldade financeira está obrigando o a administração a parcelar a folha de pagamento dos salários referentes a setembro, priorizando os servidores que recebem salários menores.
Todos os representantes de sindicatos de servidores tiveram a oportunidade de manifestar, expor seus pontos de vista e indagações. A secretária de Administração, Elaine Boschetti Trota, a procurador-geral do município, Lourdes Beneduce e o assessor especial do gabinete Alexandre Mantovani fizeram vários esclarecimentos aos trabalhadores e vereadores.
Ainda durante a reunião, representante dos procuradores leu ofício que estava sendo encaminhado ao executivo sugerindo o congelamento de seus vencimentos por um período de 24 meses, como forma de contribuir com a administração na recuperação de fôlego financeiro.