O Ministério da Saúde direcionou que todas as crianças de seis meses até um ano devem ser vacinadas contra o sarampo em todo o país. A medida preventiva indica que as crianças devem receber a dose extra, chamada “dose zero”. Em Dourados, todas as Unidades Básicas de Saúde realizam a vacinação.
Conforme o Núcleo de Imunização, com a intensificação da vacina Dourados receberá nos próximos dias reforço das doses. A vacina contra o sarampo é conhecida como tríplice viral, pois previne também contra rubéola e caxumba.
Edvan Marcelo de Morais, diretor do Núcleo de Imunização da Sems (Secretaria Municipal de Saúde), ressalta que a dose zero (para crianças de seis meses a menores de um ano) não excluirá a necessidade das vacinas contra sarampo já previstas no Calendário Nacional de Vacinação, a crianças entre 12 e 15 meses.
“A medida da dose extra é por conta da situação sazonal. Dourados está preparado para atender a demanda e a Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde e do Núcleo de Imunização, tem orientado os profissionais e a população sobre a intensificação”, destacou.
O objetivo é intensificar a vacinação desse público-alvo, que é mais suscetível a casos graves e óbitos.
Edvan explica que os adultos até os 29 anos devem ter recebido comprovadamente duas doses da vacina contra o sarampo. Adultos com idade entre 30 a 49 anos também devem ter recebido dose da tríplice viral de forma comprovada. Acima de 49 anos não é necessário receber a imunização.
Adultos que não receberam as doses de tríplice viral devem se dirigir as Unidades Básicas de Saúde para atualização da carteirinha de vacinação.
Dados do Ministério da Saúde apontam que entre 19 de maio a 10 de agosto de 2019, foram confirmados 1.680 casos de sarampo, em São Paulo (1.662), Rio de Janeiro (6), Pernambuco (4), Bahia (1), Paraná (1), Goiás (1), Maranhão (1), Rio Grande do Norte (1), Espírito Santo (1), Sergipe (1) e Piauí (1).
BLOQUEIO VACINAL
Além de vacinar as crianças na faixa etária prioritária, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde, também orientou aos estados e municípios a realizarem o bloqueio vacinal. Ou seja, em situação de surto ativo do sarampo, quando identificado um caso da doença em alguma localidade, é preciso vacinar todas as pessoas que tiveram ou tem contato com aquele caso suspeito em até 72 horas. Neste caso, recomenda-se que sejam realizadas de forma seletiva, ou seja, não há necessidade de revacinação das pessoas que já foram vacinadas anteriormente e que tem comprovação vacinal.