Durante reunião com a direção da Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul) na prefeitura de Dourados entre a prefeita Délia Razuk e o diretor-presidente da empresa, Luiz Rocha, diversos assuntos foram abordados, além da parceria firmada entre os dois segmentos para restauração de vias onde foram feitos serviços de rede de esgoto ou de água.
Porém, o mais debatido foi o atual perímetro urbano de Dourados, nos qual os dois setores concordam com os reflexos negativos que já são apresentados. Com a ampliação as áreas rurais são reduzidas, dando espaço a área urbana e, com isso surgem os novos empreendimentos imobiliários e com eles a necessidade de uma série de serviços públicos.
O município já se obriga, de imediato, a construir postos de saúde, escolas, centros de educação infantil, áreas de lazer, esporte, transporte coletivo e iluminação pública, pelo menos. O Estado já deve se organizar para levar o esgoto e a água, já que a infraestrutura, como drenagem, asfalto e rede elétrica já são de responsabilidade do empreendimento.
Quanto à iluminação, o município tem custo alto, já que paga pela energia consumida na via pública e ainda precisa fazer a manutenção, quando necessário. A taxa de iluminação vem no boleto, no caso de um imóvel com o padrão já instalado, porém, se não foi comercializado nenhum terreno, essa conta não é gerada, ou seja, a prefeitura não recebe, mas tem pagar.
A prefeita Délia Razuk comentou que Dourados enfrenta uma situação difícil com a escassez de recursos e os custos da própria máquina administrativa. “Com todos os problemas de ordem financeira que temos para atender bairros implantados há anos, ainda existe o compromisso de atender os novos loteamentos que surgem frequentemente”, ressaltou a prefeita.
De acordo com a direção da Sanesul, a empresa também enfrenta problemas com isso. Segundo informações, existem mais de 90 empreendimentos com solicitação de seus serviços. O próprio presidente Luiz Rocha disse que a rede de água não seria tanto problema porque são mais de 40 poços na cidade. Já o esgoto preocupa porque hoje o sistema de tratamento não é suficiente.
Em seis anos, o perímetro urbano de Dourados mais que dobrou. Em 2011 era de 86 quilômetros quadrados e, em, 2015 passou para 216 quilômetros quadrado. Segundo comentários da época, essa área seria suficiente para acomodar toda a população da Capital do Estado. O debate em torno da ampliação foi intenso e com muitas opiniões contrárias, já prevendo os problemas pela falta de planejamento.
Na conversa entre Délia Razuk e o diretor da Sanesul ficou bastante clara a preocupação, principalmente do poder público municipal, em relação ao tema. Para a prefeita a cidade tem crescido desordenadamente e as consequências são cada vez maiores.