O secretário municipal de Saúde de Dourados, Renato Vidigal, confirmou nesta sexta-feira (11) que o Hospital da Vida está aparelhado com 12 novos leitos exclusivamente para o atendimento dos casos cirúrgicos de urgência e emergência pelo SUS (Sistema Único de Saúde) na área de oncologia.
A medida atende tratativas que vêm sendo feitas desde julho do ano passado com o MPE (Ministério Público do Estado), a própria Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores, o Conselho da categoria e é resultado, também, de processo licitatório que definiu incumbências e responsabilidades dos participantes de recente certame promovido pelo Município.
Esta semana, a questão da oncologia voltou a ser debatida na esfera política, com o argumento de que o setor estaria ameaçado. “Isso não é verdade, o que ocorre é que a prefeita Délia Razuk determinou para que o assunto fosse tratado de forma responsável e sem meios-termos”, anunciou o secretário, ao participar de encontro na quinta-feira (10) com maioria da Câmara de Vereadores. A presidente Daniela Hall e os colegas dela Marçal Filho e Madson Valente não participaram.
Vidigal confirmou aos vereadores que, em consequência da licitação realizada de forma clara e transparente no mês de junho, o Hospital Cassems assumiu os serviços de internação e cirurgia e ao CTCD (Centro de Tratamento de Câncer de Dourados) compete os tratamentos de Quimio e Radioterapia. Mas, como o próprio edital estipulava, os vencedores do certame teriam 180 dias para se adaptar às exigências estabelecidas; a Cassems pediu quatro meses para fazer os ajustes necessários, período em que essas urgências cirúrgicas estão sendo feitas, então, no Hospital da Vida.
“É compreensível essa preocupação recente do campo político com a questão da Saúde em Dourados, tanto que até o MPF (Ministério Público Federal) chegou a opinar em pedido de cancelamento da licitação realizada para atender recomendação do MPE e entendeu que o Município fez o melhor, dentro do que poderia ser feito, para solucionar demandas. Por isso, volto a dizer, o que a Secretaria de Saúde espera é que seja colocado um ponto final nesse processo de judicialização e que passemos a tratar da saúde das pessoas com a seriedade e responsabilidade devidas por todos”, concluiu Vidigal.