Escolas de Dourados adotam hortas orgânicas e alunos aprendem como produzir alimento saudável e livre de agrotóxicos – Assecom-Arquivo
Das 45 escolas da Rede Municipal de Educação de Dourados 16 já implantaram hortas com práticas orgânicas pelo Programa Mais Educação. “A proposta é a busca da sustentabilidade, priorizando a segurança alimentar, práticas de cultivos agroecológicos, formação de farmácias vivas, combate ao desperdício, degradação do meio ambiente e o consumismo para a melhoria da qualidade de vida das pessoas”, afirma Marinisa Mizogushi, secretária de Educação.
O projeto, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação, através do Departamento de Ensino, ganhou uma parceria importante. É o apoio da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados). Mestrandos e doutorandos das áreas de biologia geral e bioprospecção fazem pesquisas nas hortas das escolas de Dourados e as compartilham com a Secretaria de Educação.
O prefeito Murilo tem atenção especial para com a produção de alimentos orgânicos. Estão em implantação em pequenas propriedades rurais de Dourados 30 hortas PAIS (Produção Agroecológica Integrada e Sustentável). A prefeitura inclusive criou feiras de produtos orgânicos na Rua Mozart Calheiros (W-5), no Izidro Pedroso, e em Vila Vargas.
Para Murilo, os benefícios de se ensinar a produção agroecológicas nas escolas são imensos na vida das pessoas agora e no futuro. “O conhecimento adquirido pelos alunos sobre os benefícios dos produtos orgânicos pode gerar mudanças de práticas nos aspectos alimentares, ambientais e educacionais, beneficiando as atuais e futuras gerações”, destaca o prefeito. Os monitores das hortas são capacitados em parceria com o Sindicato Rural de Dourados e o Senar/MS.
A secretária Marinisa afirma que as hortas nas escolas disseminam o conhecimento para a vida familiar dos alunos. “É um laboratório vivo, que possibilita o desenvolvimento de diversas atividades pedagógicas, auxiliando no processo de ensino e aprendizagem”, diz. Possibilita ainda aos alunos, segundo ela, o entendimento da relação entre a agricultura, o meio ambiente e hábitos alimentares, com foco na educação alimentar.
Escolas de Dourados adotam hortas orgânicas e alunos aprendem como produzir alimento saudável e livre de agrotóxicos – Assecom – Arquivo
Hoje, 30% da merenda escolar é comprada de pequenos produtores, grande parte oriunda de métodos agroecológicos de produção. A preocupação da Prefeitura é oferecer uma alimentação balanceada e rica em nutrientes, num cardápio variado e supervisionado por nutricionistas. “A administração do prefeito Murilo sempre esteve empenhada em valorizar o homem do campo e incentivar a produção dentro do município”, afirma a secretária.
Participam do programa de hortas pela Mais Educação as escolas Professora Avani Cargnelutti Fehlauer, Aurora Pedroso de Camargo, Maria da Rosa Antunes da Silveira Câmara, Fazenda Miya, Indígena Agustinho, Indígena Ramão Martins, Indígena Tengatuí Marangatú, Indígena Araporã, Elza Farias, José Eduardo C. Estolano (Perequeté), Laudemira Coutinho de Melo, Lóide Bonfim Andrade, Neil Fioravanti (Caic), Professora Antônia Cândida de Melo, Professora Iria Lucia Wilhelm Kozen e Professora Maria da Conceição Angélica.
Pesquisa – A pesquisa dos mestrandos e doutorandos da UFGD teve como objetivo realizar o levantamento de informações das práticas agroecológicas nas hortas escolares, a fim de promover uma formação com os coordenadores ou monitores do Programa Mais Educação. A proposta é ampliar a utilização de métodos agroecológicos nas hortas escolares, ou seja, adorando as práticas de uso de adubos orgânicos, rotação de culturas e controle biológico de doenças, minimizando a degradação do ambiente.
Para a pesquisa, além dos questionários sobre as práticas desenvolvidas nas hortas, foi realizado um encontro no auditório da Prefeitura para trocas de experiências com os coordenadores das hortas nas escolas. Foi realizado também um dia de campo na Escola Municipal Laudemira Coutinho de Melo, que serviu também para a capacitação dos coordenadores, que receberam informação sobre manejo do solo, controle de doenças, adubação orgânica e segurança alimentar. Foi ensinada também a construção de canteiros e disponibilizados materiais didáticos digitais para os coordenadores.