O ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, apresentou na Câmara dos Deputados na semana passada o andamento do PIL Aeroportos (Programa de Investimento em Logística) Aeroportos. O ministro informou que 55 dos 270 aeroportos regionais que receberão investimentos já estão com os anteprojetos aprovados. Nesta quarta-feira, 18, a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Aviação Civil informou que o aeroporto regional de Dourados está nessa lista.
Segundo o ministro, em breve as licitações das obras desses aeródromos serão lançadas, de acordo com a liberação das licenças ambientais. Em Dourados, o Eia/Rima (Estudo de impacto ambiental/Relatório de impacto ambiental) está em fase final de conclusão pela empresa contratada pelo Governo Federal para esse fim.
A Prefeitura de Dourados acompanha e ajuda na agilização do projeto e agora do Eia/Rima para o aeroporto seja licitado o mais rápido possível. O prefeito Murilo tem pressa na entrega da restruturação e modernização da parte de pista e da nova estação de passageiros para que Dourados possa atender melhor a população regional e ampliar o número de voos.
Para o prefeito, o desenvolvimento regional depende do novo aeroporto. Ele explica que desde quando era vice-governador fez todo o possível para melhorar a estrutura do aeroporto e garantir voos para os grandes centros do país. Mas, essa capacidade de ampliação foi esgotada e agora Dourados precisa de uma nova estrutura. Para isso, o prefeito fez ações no Governo Federal e conseguiu incluir Dourados como uma das prioridades no PIL Aeroportos.
De acordo com o ministro Padilha 163 estudos de viabilidade técnica e 159 estudos preliminares, que são as duas primeiras etapas do programa de desenvolvimento da aviação regional, em relação à infraestrutura, foram entregues à SAC (Secretaria de Aviação Civil). 54 licenciamentos ambientais estão em andamento e dois já foram emitidos, que são os dos aeródromos de Volta Redonda e Angra dos Reis, ambos no Rio de Janeiro.
Dourados – O PIL Aeroportos prevê investimento de R$ 36,854 milhões do Fnac (Fundo Nacional da Aviação Civil), aplicados pelo Banco do Brasil, no aeroporto de Dourados. Os estudos de viabilidade técnica foram feitos pelo Consórcio IQS/Malucelli.
De acordo com o cenário aprovado pelo governo, a pista passará dos 1950m x 30m para 2.125 m x 45 metros. O pátio de estacionamento de aeronaves passará dos atuais 9 mil m² para 16.880 m², com 6 posições para embarque e desembarque simultâneos. O terminal de passageiros passará dos atuais 971 m² para 1.210 m². Serão construídos ainda uma nova taxiway (acesso à pista), Resas (áreas de segurança nas cabeceiras) de 90×90 metros, que ainda não existe, e novo SCI (Serviço de Combate à Incêndio).
Com isso, o aeroporto passará a operar 100% por instrumentos e poderá receber aeronaves de até 162 passageiros, como o Boeing 373-800, como 90% de PMD (peso máximo para decolagem) ou 71 toneladas, por exemplo. O estudo levou em consideração a demanda de passageiros de 110 por hora em 2025 e 171 em 2035.