Dourados registrou até o momento apenas 33 casos confirmados de Dengue e nenhum de Febre Chikungunya, o que é considerado pouco para este período do ano. No entanto, este cenário não é motivo para descanso. O Liraa (Levantamento do Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti) mostrou que a quantidade de mosquitos transmissores da doença existentes na cidade disparou e se os focos não forem eliminados, a cidade corre risco de uma epidemia.
“Essa temporada de chuva fez a infestação do mosquito aumentar e o risco está grande agora. É importante que todos façam uma busca intensa em casa, ajudem a eliminar os criadouros do mosquito”, alertou Rosana Alexandre da Silva, coordenadora do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), lembrando que o prefeito Murilo demonstrou grande preocupação com essa situação, mas sabe do trabalho que é realizado pela equipe e aposta na conscientização da população.
Ela ressalta ainda que o Liraa serve justamente para mostrar quando há muitos focos de proliferação do mosquito, para que todos fiquem em alerta e reforcem os cuidados. “A quantidade de casos ainda está baixa, mas essa infestação mostrada pelo Liraa indica que se não cuidarmos de eliminar os focos, corremos o risco de, a partir de agora, os casos começarem a aumentar e chegarmos a uma epidemia. Para que isso não aconteça, é necessária a contribuição de todos nas ações preventivas”, relata Rosana.
O IIP (Índice de Infestação Predial) médio apontado pelo Liraa para o município chegou a 4,3%, a proporção é alta já que acima de 3,9% é considerada situação de risco. Em janeiro o índice médio estava em 2,4%.
A região da cidade com maior índice de infestação é que a compreende o centro da cidade, Jardim Tropical, Vila Alvorada, Jardim Universitário, Vila Sulmat, Parque Alvorada e BNH 1º Plano. Nesta área de abrangência o índice chega a 7,5%.
Os dados foram levantados entre os dias nove e 13 de março. A cidade foi dividida em oito regiões, para mapear através de amostras os locais com altos índices de infestação do mosquito. Foram visitados ao todo pelos agentes de endemias, 3.427 imóveis para a amostragem.
O objetivo é identificar os locais com maior presença do mosquito, para direcionar as ações de combate à Dengue e Febre Chikungunya. Com base nos dados obtidos, a prefeitura agenda os mutirões, vistorias mais detalhadas, entre outras medidas preventivas, com prioridade para as regiões com maior infestação.
Uma agenda de mutirões para intensificar o combate às doenças já foi iniciado. No Parque Alvorada, a ação foi nesta sexta-feira, dia 13. Ainda estão previstas para a próxima semana ações no Centro, Parque das Nações I e II, Jardim Novo Horizonte, Parque do Lago, entre outros.
“A prefeitura faz sua parte visitando os imóveis, eliminando focos do mosquito e fazendo o alerta contra a doença. Mas, para que não tenhamos uma epidemia, é preciso a contribuição de todos. Os cuidados contra a Dengue e Febre Chikungunya devem ser um hábito nas casas e contamos com o apoio de toda a população para isso”, diz Rosana.