O prefeito Murilo quer manter Dourados livre da dengue e da febre chikungunya. Para que isso seja possível, recomendou o alerta total por parte das equipes de agentes de saúde, com a intensificação de ações visando o combate aos focos do mosquito Aedes aegypti. Os mutirões são considerados como os mais eficazes no trabalho preventivo e, por isso, em três dias foram inspecionados em Dourados, 6.601 imóveis, com a detecção de 82 focos do transmissor dessas doenças.
Os mutirões foram realizados com base no Liraa (Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti) realizado entre os dias 5 a 9 deste mês. O levantamento apontou que os maiores índices de incidência estavam na região da Vila Sulmat (5,1%), região Jardim Água Boa (3,0%) e região do Parque do Lago (2,5%).
O primeiro mutirão, envolvendo pelo menos 80 agentes do CCZ (Centro de Controle de Zoonozes), foi realizado na região da Vila Sulmat, na terça-feira (dia 13). Foram inspecionados 2.100 imóveis, entre casas, prédios comerciais, terrenos baldios, borracharias, depósitos de sucata e de materiais de construção, entre outros. Foram localizados 17 focos com larvas do Aedes aegypti.
Na quarta-feira (dia 14) o mutirão foi feito na região do Jardim Água Boa. O trabalho atingiu 1.856 locais visitados, sendo encontrados 20 focos do mosquito transmissor da dengue e da febre chikungunya. O maior número de focos das larvas do Aedes foi localizado na região do Parque do Lago, onde os agentes inspecionados 2.645 imóveis, na quinta-feira (dia 15). Eles identificaram 45 focos em depósitos com água parada.
Durante os mutirões as larvas do Aedes aegypti foram localizadas em caixas d’água, vasos, pratos e frascos com plantas, bebedouro de animais, calhas, lages, ralos e sanitários em desuso, em pneus, em lixo e em buracos árvores e bromélias.
A coordenadora do CCZ, Rosana Alexandre da Silva, explica durante a inspeção nos imóveis, os agentes orientaram os moradores sobre os cuidados para evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue e febre chikungunya. Também foi feito o trabalho químico, de extermínio dos focos das larvas localizadas. Um veículo do CCZ também passou por esses bairros, durante o mutirão e fazendo a pulverização com inseticida para exterminar o mosquito.
Neste caso, os moradores foram orientados para que deixem as portas e janelas abertas para que o inseticida entrasse nas casas para matar os mosquitos. “Este período do ano, com o excesso de chuva e calor é o momento propício para eclodir as larvas do mosquito transmissor. Por isso os moradores não devem baixar a guarda, têm que redobrar os cuidados”, orienta Rosana Alexandre.
Ela informou que o trabalho dos agentes do CCZ vai continuar permanente nos bairros da cidade. Outros mutirões serão realizados com base no número de casos notificados, observando quais os locais com maior número de notificações ou casos positivos para a dengue ou a febre chikungunya. “Onde houver um caso notificado ou positivo, vamos fazer todo o trabalho de inspeção na região, para evitar novos casos”, afirmou a coordenadora do CCZ.