A preocupação em proteger o patrimônio público é constante pela Prefeitura de Dourados que tem procurado restaurar estruturas e intensificado a fiscalização através da Guarda Municipal. No entanto, o apoio da população contra os atos de vandalismo também é de extrema importância para que os casos não fiquem impunes.
“Estamos pegando pesado nisso. Intensificamos a fiscalização em monumentos, parques, praças e obras em andamento para inibir os casos de vandalismo”, ressaltou o comandante da Guarda Municipal, João Vicente Chencarek, citando os principais alvos dos criminosos. Ele ressalta que mesmo com o trabalho intenso, o apoio da população é importante.
“Já estamos fazendo uma fiscalização diferenciada, mas é preciso que a comunidade também ajude denunciando para que quem estiver fazendo isso, seja pego em flagrante e possa responder pelo crime”, destacou. A pena para atos de vandalismo é de seis meses a dois anos de prisão, sendo que a pessoa deve ressarcir ao município os danos causados ao patrimônio.
O alerta feito pela prefeitura é para que os moradores contribuam já que atos de vandalismo geram gastos aos cofres públicos com recursos que poderiam ser aplicados em outro lugar em benefício a todos.
Algumas das academias ao ar livre instaladas recentemente pela administração municipal para incentivo à prática de exercícios gratuitamente, visando melhorar a qualidade de vida, já estão com equipamentos danificados pelo mau uso. O Parque Rego D’água, inaugurado este ano, já teve estruturas quebradas. Pichações também são vistas em órgãos públicos da cidade. Obras que ainda nem fora finalizadas já estão sendo alvo de criminosos, como é o caso da Praça da Juventude, que nem foi inaugurada e já teve vidros quebrados e outros problemas.
Monumentos – Além disso, a depredação também afeta monumentos que tratam da história e da memória de Dourados. É o caso dos vasos quebrados recentemente no Museu a Céu Aberto, instalado pela prefeitura no Terminal Rodoviário Renato Lemes Soares. As peças elaboradas pelo artista douradense Mestre Cilso e restauradas por Valdecir de Figueiredo, retratam a arte kadiwéu.
“Muita gente já está parando no museu para tirar fotos e conhecer da nossa história, se tornou um espaço para visitação que está atraindo muitas pessoas. É uma forma de valorizar a nossa cultura, a identidade douradense, por isso pedimos a todos que contribuam nos ajudando a cuidar das estruturas”, ressaltou Carlos Fábio Selhorst dos Santos, secretário de Cultura.
O pedido ainda é atenção para aqueles que tiram fotos no Museu. Muitos sobem nas esculturas, o que requer cuidado tanto para não se machucarem, quanto para não danificar a peça.
O Museu ganha a cada dia mais monumentos. Alguns já estão no local e outros em fase de restauração para que sejam instalados. Os bustos que antes ficavam nos canteiros espalhados pela cidade, hoje estão chegando ao Museu e serão colocados em ordem considerando a época de cada um dos ícones representados e com descrição sobre sua importância para o município.
“Temos recebido muitos acadêmicos e estudantes das escolas de Dourados, para que conheçam a nossa história. É importante que todos tenham um apego por essas estruturas e ajudem o município a cuidar do que é de todos”, ressalta o secretário de Cultura.
Denúncia – O telefone de emergência da Guarda Municipal para denunciar atos de vandalismo contra qualquer prédio público é o 199. A ligação é gratuita e não há necessidade de se identificar.